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Com reabertura e vacinação, ocupação de hotéis e pousadas no Ceará pode chegar a 60%

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A chegada do mês de julho, tradicionalmente de alta estação, e a continuidade da liberação das atividades econômicas, embora ainda com restrições, tem impulsionado as reservas em hotéis do Ceará. A expectativa é que a ocupação chegue a 60% ao fim do mês.

A estimativa é revelada por Vera Lucia, presidente da Associação dos Meios de Hospedagem e Turismo (AMHT), entidade que representa hotéis e pousadas de médio e pequeno porte. Apesar da projeção, os primeiros 15 dias do mês ainda estão com média girando em torno de 39% a 43%.

“A partir de sexta (2), já sentimos muitas consultas sobre como está a cidade, sobre os casos de covid-19, se as atividades estão funcionando. As pessoas começam a se animar, com a vacinação avançando. Tudo isso está ajudando com a procura”. VERA LUCIA, Presidente da Associação dos Meios de Hospedagem e Turismo (AMHT)

Lucia ainda ressalta que a concretização da expectativa irá depender do desenrolar dos fatores que ainda geram incertezas, como uma possível terceira onda de contaminação.

GRANDES HOTÉIS

Já a ocupação das hospedagens de grande porte, representadas pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), deve ficar em 50% neste mês.

O presidente da entidade, Régis Medeiros, pontua que, apesar da leve melhora após o fim do último lockdown, o cenário ainda é bem aquém de uma situação normal.

Ele lembra que as reservas ficaram em 18% em março e abril, quando as medidas restritivas ficaram intensas novamente, número que passou para 33% em maio e para 43% em junho. “Mas está longe de ser bom demais, da média de 70% que tínhamos em julho e com tarifas bem mais baratas” pontua.

Ele estima que, para atrair mais clientes, o preço das diárias está de 15% a 20% mais baixo do que deveria.

“Um colega me dizia esses dias: quem diria que a gente estaria ficando feliz em achar que a ocupação vai chegar a 50% em julho quando a ocupação média anual era superior a isso”. RÉGIS MEDEIROS, Presidente da Abih

PERFIL DO HÓSPEDE

Lucia também aponta que os pequenos hotéis e pousadas foram obrigados a reduzir o preço das diárias. Ele explica que, com o maior comprometimento do orçamento durante a pandemia, os hóspedes têm procurado opções mais baratas.

“Os grandes hotéis também estão fazendo isso e dificultando a nossa competitividade, porque precisamos manter um valor que cubra nossos custos”, afirma.

Ela também revela que a maior parte do público atendido permanece sendo de cearenses, especialmente aos fins de semana. “As pessoas vêm do interior ver o mar. Agora que estamos começando a ver pessoas de outros estados”, acrescenta a presidente da AMHT.

Sobre os destinos mais procurados, ela indica que as praias mais famosas, como Jericoacoara, e o litoral em geral, estão trabalhando em ritmo maior. A Capital, por outro lado, segue um pouco mais prejudicada e deve alcançar uma reação neste segundo semestre com os estabelecimentos de alimentação fora do lar funcionando até mais tarde e o retorno dos eventos.

Medeiros reforça que o turista interno prefere as praias e serras, enquanto o turista que vem até Fortaleza costuma ser de outros estados, especialmente do Sudeste, mas também de locais vizinhos, como Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Piauí e Maranhão.

“Mas nosso grande público da Capital sempre foi do Sudeste e, para isso, precisamos de voos. Temos agora uma tendência de melhora na oferta de voos em julho em todas as regiões do País. Estavam muito escassos, mas as companhias estão retomando”, afirma.

Fonte: Diário do Nordeste

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