Noticias

Chacina em família: entenda detalhes do crime na linha do tempo, que se inicia na quinta-feira (12/1)

Published

on

 

Quinta-feira (12/1)

Na noite de quinta-feira (12/1), Elizamar deixou o salão do qual era dona, na 307 Norte, com os filhos e uma funcionária.

A colaborador pegou carona até uma parada de ônibus e, por volta das 22h, informou à patroa que havia desembarcado do transporte público. Nesse momento, a cabeleireira respondeu que chegava ao condomínio da sogra, no Itapoã.

Quarenta minutos depois, a funcionária voltou a se comunicar com a empresária, mas não obteve mais resposta.

O filho mais velho de Elizamar confirmou à polícia que a mãe passou pelo condomínio da sogra para buscar o marido e acrescentou que Thiago Gabriel se desentendeu com a companheira. Depois disso, não se teve mais notícias da mulher e dos três filhos.

Um dos executores do bárbaro crime, identificado como Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49, disse à PCDF, no entanto, que o plano inicial era sequestrar a mulher. Porém, quando Elizamar chegou à casa da sogra, eles mudaram de ideia ao perceberem que ela estava com os filhos pequenos. Neste momento, os quatro foram amordaçados e levados do local. Thiago, então, teria tentado acalmar as crianças, mas, em determinado momento, a situação saiu de controle e ele acabou asfixiando os meninos e a menina.

Na sexta, a polícia encontrou um carro carbonizado, semelhante ao da cabeleireira, com quatro corpos dentro.

Foi nesse mesmo dia que Thiago, a irmã e os pais teriam sumido. Pelo menos foi isso o que o próprio Thiago fez parecer, ao dizer no grupo da família no WhatsApp que eles foram a uma vaquejada na noite do desaparecimento.

Horácio disse em depoimento, entretanto, que Renata e a filha teriam sido mantidas pelos autores do crime em cativeiro, na região do Vale do Amanhecer, em Planaltina. Marcos teria, inclusive, roubado o celular delas e respondido mensagens de texto a fim de se passar pelas mulheres. Vendadas, ambas eram ameaçadas constantemente, inclusive com violência psicológica.

Segunda-feira (16/1)

Na madrugada de segunda-feira (16/1), na BR-251, a polícia encontrou outro veículo carbonizado, com duas pessoas dentro. O automóvel está no nome do pai de Thiago Gabriel, Marcos Antônio.

De acordo com Horácio, os dois cadáveres seriam de Renata – mãe de Thiago – e Gabriela Belchior, irmã dele.

Terça-feira (17/1)

Três autores do crime são presos. Além de Horácio, Gideon Batista de Menezes, 55, foi apontado como um dos executores. No fim da noite, um terceiro envolvido, identificado como Fabricio Silva Canhedo, 34, acabou preso pela PCDF. Os envolvidos receberiam R$ 100 mil pelas mortes encomendadas – um montante de cerca de R$ 15 mil já estava em posse deles. O dinheiro foi apreendido pelos investigadores.

Segundo relatado por Horácio, o crime teria motivação patrimonial, e o dinheiro em questão seria da venda de um terreno da esposa de Marcos, Renata Juliene Belchior, 52, no valor de R$ 400 mil. Outros R$ 100 mil eram de Elizamar.

Thiago teria fugido com o pai, Marcos, que ainda estava na companhia da amante, identificada como Cláudia, e a filha dela, de nome Ana Beatriz. Thiago já tinha um mandado de prisão em aberto, por receptação, e é considerado foragido da Justiça pelo crime. Marcos é procurado para prestar esclarecimentos sobre os seis corpos encontrados, que seriam de Elizamar, dos três filhos dela, e de Renata e Gabriela.

EM ALTA

Sair da versão mobile