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Centrais sindicais ameaçam parar pelo menos dez cidades brasileiras hoje

Paralisações devem causar transtornos para trabalhador chegar ao serviço nas principais capitais

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Paralisações devem causar transtornos para trabalhador chegar ao serviço nas principais capitais

 

As centrais sindicais organizam nesta quinta-feira (11) uma greve focada em reivindicações trabalhistas, políticas e eleitorais, que deve provocar paralisações, passeatas e protestos pelo Brasil. A manifestação faz parte do Dia Nacional de Luta, movimento diferente dos protestos de rua que invadiram o País em junho, que eram apartidários e com pauta composta de reivindicações diversas.  

As manifestações deverão provocar uma série de transtornos para os trabalhadores que não aderiram ao movimento, entre eles a interdição de ruas e avenidas, suspensão do transporte de ônibus e fechamento de agências bancárias. Em assembleia ontem, o metrô de São Paulo decidiu manter a operação normal.

A pauta unificada discutida entre todas as centrais inclui o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, reajuste para os aposentados, mudanças na equipe econômica e mais investimentos para a saúde e educação.

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A CUT (Central Única dos Trabalhadores) apoia ainda a realização de um plebiscito para começar a reforma política no País.   

Veja os principais reflexos da greve em algumas capitais brasileiras:  

São Paulo (SP)

Na capital paulista, estão programadas diversas paralisações nas empresas, bloqueios de vias e estradas e uma passeata no centro. Às 5h30, por exemplo, um grupo de trabalhadores se reúne em Santo Amaro, na zona sul, e segue em passeata até a ponte do Socorro, na avenida das Nações Unidas.  

Parte dos motoristas de ônibus deverá repetir a paralisação de terminais de ônibus na capital, nos mesmos moldes do que já aconteceu na quarta-feira.

O Metrô sinalizou, na última semana, que deve participar das paralisações, mesmo que parcialmente. No entanto, o governo de São Paulo conseguiu, na quarta-feira (10), uma liminar que impede que os metroviários cruzem os braços.

Se a categoria desrespeitasse a decisão da Justiça, o sindicato poderia pagar multa de R$ 100 mil. Com isso, após assembleia, os trabalhadores decidiram cancelar a paralisação.

Rio de Janeiro (RJ)  

Sindicatos de professores da rede pública de ensino, de bancários e petroleiros do Rio de Janeiro confirmaram que vão aderir à paralisação convocada por centrais sindicais nesta quinta (11). A concentração do protesto está marcada para às 15h, na Candelária e deve seguir até a Cinelândia, no centro do Rio.

Belo Horizonte (MG)

O protesto deve reunir 30 mil pessoas no centro de Belo Horizonte, com concentração na Praça Sete a partir das 11h. Os metalúrgicos, eletricitários e professores estaduais cruzam os braços em protesto por melhores condições de trabalho. Escolas municipais abrem de acordo com cada diretoria, assim como agências dos Correios.

Os ônibus sairão normalmente das garagens, mas algumas linhas devem ter o serviço interrompido na hora do almoço, além do trajeto desviado no centro. Funcionários da saúde realizam escala mínima de 30% e 50% para serviços de emergência. 

Os bancários devem aderir parcialmente à paralisação. O sindicato dos caminhoneiros rejeita bloquear estradas, mas convocou os trabalhadores a integrar a concentração no centro de BH. 

Brasília (DF)

A partir das 15h, a Esplanada dos ministérios começa a receber os grevistas. Na capital federal, no entanto, não há previsão de greve de trabalhadores de serviços essenciais. Segundo a CUT-DF (Central única dos Trabalhadores do DF), a expectativa é que 5.000 pessoas participem da manifestação.

Os ônibus vão circular normalmente em todo o Distrito Federal, conforme informa o Sindicato dos Rodoviários do DF. Outros setores como bancos, saúde pública, Correios e Justiça vão participar do protesto na Esplanada, mas confirmam que vão trabalhar normalmente durante esta quinta-feira.

Salvador (BA)

Bancos e repartições públicas não funcionam hoje devido à paralisação. Escolas públicas municipais e estaduais terão as aulas suspensas, assim como as instituições particulares. O transporte público programa uma paralisação que pode durar de três a quatro horas. 

Apenas os serviços fundamentais da polícia civil estarão à disposição da população nesta quinta-feira, assim como os postos de saúde.

Florianópolis (SC)

Segundo a prefeitura da capital, todos os serviços vão funcionar. Ônibus fazem paralisação das 14h30 às 16h30 durante o horário da manifestação.  

Já de acordo com informações do governo do Estado, os serviços estaduais não param. O funcionamento das escolas, porém, fica a critério das direções.

Maceió (AL)

Os ônibus vão circular de graça a partir das 14h, de acordo com o sindicato que representa a categoria na capital alagoana. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, no entanto, a manifestação deve ocupar algumas rodovias do Estado.

Natal (RN)

Na capital potiguar, os trens da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) funcionam apenas nos primeiros e últimos horários e devem parar durante o dia. Na linha norte, circulam as 5h20 e as 18h40 – no decorrer do dia, os trens não vão circular. Na linha sul, haverá trens apenas as 7h24 e as 18h45.  

Os bancos não terão expediente. A Câmara de Lojistas recomendou que os estabelecimentos comerciais permaneçam abertos. 

Curitiba (PR) 

Às 6h30, técnicos e professores da UFPR (Universidade Federal do Paraná), do CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica) e da UFTPR (Universidade Tecnológica do Paraná) iniciam paralisação por tempo indeterminado. 

Às 15h, motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana param as atividades e participam de manifestação no centro da cidade, onde realizam uma assembleia para decidir se prosseguem com a paralisação. A União Geral dos Trabalhadores realiza ainda manifestação em postos de combustíveis da capital. 

João Pessoa (PB)

Os professores das redes estadual e municipal de ensino cruzam os braços. Os funcionários da Cagepa (Companhia de Água e Esgoto da Paraíba), que estão em greve desde a última quarta-feira (10), mantêm a paralisação, assim como os profissionais da limpeza urbana. 

Os bancários cruzam os braços, assim como os funcionários da CBTU, e aderem às manifestações. A Câmara de Dirigentes Lojistas sugeriu aos comerciantes que fechem as lojas às 14h, quando os manifestantes devem seguir em passeata pelo centro da cidade.  

 

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