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CE busca novos voos internacionais para integrar hub de Fortaleza

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Após o lançamento da Air Europa, a empresa argentina Flybondi manifesta interesse em operar na Capital e em Jericoacoara. Além dela, a britânica Virgin Atlantic já disse que quer fazer Londres-Fortaleza.
Após ampliar a malha doméstica e internacional, o Ceará busca novos destinos no mundo para integrar o hub no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Empresas, como a argentina Flybondi, a britânica Virgin Atlantic, e possivelmente, a brasileira Latam Airlines, devem lançar destinos na América do Sul e Europa a partir do Estado.

Nessa quinta-feira (3), a espanhola Air Europa lançou oficialmente suas duas frequências semanais entre Fortaleza e Madri. Além disso, a low cost Flybondi manifestou interesse em inaugurar, nos próximos meses, rotas da Capital e Jericoacoara para Buenos Aires.

De acordo com o secretário do Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, a Flybondi ainda não procurou o Estado para negociar as rotas. “A gente pretende procurá-los. Tem espaço para as low costs. Elas precisam trabalhar com cuidado o Custo Brasil e as distâncias longas. Muda um pouco a experiência das low costs da América Latina”, diz.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Flybondi ainda não registrou as rotas para Fortaleza e Jericoacoara. No entanto, o órgão informa que a companhia está autorizada a operar no Brasil, mas precisa procurar as concessionárias dos aeroportos. A Flybondi não se manifestou até o fechamento desta edição.

Sobre a internacionalização do Aeroporto de Jericoacoara, a Secretaria de Obras Públicas (SOP) informa que o processo está atualmente na fase de adequação da infraestrutura do terminal de passageiros para atender às necessidades dos referidos órgãos – Polícia Federal (PF), alfandegamento, Receita Federal, vigilância agropecuária internacional, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e controle sanitário internacional, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – no desempenho de suas atividades operacionais, cumprindo os requisitos e padrões exigidos por lei.

Alemanha

O titular da Setur ainda confirma que procurou representantes da alemã Lufthansa durante a Abav Expo, que ocorreu na semana passada em São Paulo. “Nós conversamos com eles. No momento, estamos no trabalho para consolidar os voos existentes. Ficamos de conversar no futuro”.

Após a saída da Condor do Brasil, que operava entre Fortaleza e Frankfurt, a companhia deixa espaço para outras empresas explorarem a rota, uma vez que há demanda. Segundo dados de janeiro a agosto deste ano da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os voos da Condor para a Alemanha tinham ocupações de quase 80% das aeronaves.

Espanha

Os voos da Air Europa nem começaram ainda – início marcado para 20 de dezembro – e a companhia já avalia um programa de stopover (parada gratuita em Fortaleza antes do destino final). Além disso, a empresa espera a sala VIP do Aeroporto Internacional Pinto Martins estar disponível para uso dos clientes ainda em dezembro.

“Temos avaliado isso, mas ainda não tomamos essa decisão. Precisamos ver o comportamento dos primeiros meses, quantos passageiros vamos transportar de ambos os lados, quantos iniciam na Europa e quantos iniciam no Brasil. Nós precisamos entender como é esse comportamento, mas agora a gente precisa entender qual o melhor produto para cada mercado”, afirma Gonzalo Romero, diretor da Air Europa no Brasil.

A aérea espanhola também pretende atrair mais o público corporativo em seus voos para o Ceará. “Sempre tentamos equilibrar. Os dois segmentos (corporativo e lazer) são importantes. Hoje, estamos dando muita importância ao segmento corporativo porque temos um produto para oferecer. Temos uma frota nova e estamos avançando neste segmento, que é muito interessante, porque tem um valor maior do tíquete, então o nível de rentabilidade é muito importante”, destaca.

Para o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-CE), Colombo Cialdini, o valor de passagens para a Europa deve retrair. “Com certeza os preços para a Europa devem cair com a entrada da Air Europa. Em qualquer negócio do mundo essa competição é saudável, porque ela faz com que cada estrutura precise vender”.

Via Diário do Nordeste

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