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Cármen Lúcia determina que Ricardo Salles entregue passaporte à Polícia Federal

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, entregue o passaporte à Polícia Federal. A decisão foi tomada em meio a pressões de parlamentares, inclusive da bancada federal cearense.

O aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou o Governo Federal na quinta-feira (24), sob suspeitas de envolvimento em crimes de obstrução de investigação ambiental, advocacia administrativa e organização criminosa.

O criminalista Roberto Podval, que representa o ex-ministro, informou que Salles “vai entregar o passaporte na tarde desta sexta-feira (25)”.

Salles é alvo de dois inquéritos no STF, sendo que com a perda de seu foro por prerrogativa de função, as investigações devem ser enviadas à primeira instância.

INQUÉRITOS CONTRA SALLES

O caso que está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia é derivado da notícia-crime em que o delegado Alexandre Saraiva – que caiu após os atritos com Salles – imputou ao ex-ministro do Meio Ambiente suposto patrocínio de ‘interesses privados’ de investigados da Operação Handroanthus GLO – investigação que culminou em apreensão ‘histórica’ de madeira ilegal na Amazônia.

Já o segundo inquérito contra Salles está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e investiga um ‘grave esquema de facilitação ao contrabando’ de madeira. As apurações culminaram na abertura, em maio, de uma fase ostensiva batizada de Operação Akuanduba, ocasião na qual a Polícia Federal fez buscas no gabinete e na casa de Salles.

SOLICITAÇÃO DE CEARENSE

O deputado federal cearense Célio Studart (PV) chegou a enviar ofício a Alexandre de Moraes, solicitando a busca e apreensão cautelar do passaporte do ex-ministro.

“Alvo de inquéritos sobre supostos ilícitos ambientais, o requerido (Ricardo Salles) mantém uma conduta delitiva reiterada, demonstra total desprezo pelas instituições democráticas e, consequentemente, mostra-se capaz de viajar para outro país com a finalidade de fugir da aplicação da lei”, afirma o documento enviado ao STF.

Fonte: Diário do Nordeste

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