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Cariri: técnica de ventilação não invasiva reduz tempo de internação em 50% e de intubação em 70%

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A implantação da técnica de fisioterapia respiratória com a Ventilação Não Invasiva (VNI) a partir do uso de uma máscara orofacial ‘total face’, no Hospital Santo Antônio de Barbalha, na região do Cariri cearense, reduziu em pelo menos 70% a necessidade de intubação de pacientes com Covid-19, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e em 50% o tempo de internação hospitalar.

O tratamento diminui as complicações respiratórias e melhora a função pulmonar, segundo aponta a fisioterapeuta e coordenadora do Serviço de Fisioterapia do Hospital Santo Antônio e Hospital do Coração do Cariri, Ângela Rolim.

“Os pacientes respondem bem à técnica não invasiva, têm melhor prognóstico, melhora a qualidade de vida e as sequelas são bem menores”, pontuou.

Os resultados satisfatórios foram comemorados pela equipe de saúde da unidade e hoje serve de modelo para outros hospitais. A técnica, entretanto, exige cuidado para que não ocorra perda de aerossóis, para isso, é utilizado um filtro modelo HNEF, que “evita saída de ar, umidifica e aquece as vias aéreas do paciente” frisou Ângela Rolim. A máscara orofacial com interface adequada ao ventilador mecânico é usada na UTI e na enfermaria.

Antes da pandemia, o custo de uma máscara tipo ‘total face’ era de R$ 1.000, mas passou para R$ 3.000 diante da alta demanda. O Hospital fez investimentos para adquirir os novos equipamentos. A unidade dispõe de 10 leitos exclusivos de UTI e de uma ala Covid com 15 leitos de enfermaria.

Apoio

O Hospital Santo Antônio de Barbalha, mantido pela Fundação Otília Correia Saraiva (FOCS), é referência em tratamento Covid para 45 municípios da macrorregião de saúde no interior do Ceará. Hoje, a unidade conta com a Ala Covid, composta de enfermaria e UTI, além de uma equipe de fisioterapeutas, que atuam na linha de frente junto a esses pacientes, desde aqueles menos graves, utilizando técnicas da Fisioterapia Respiratória com a Ventilação Não Invasiva (VNI).

Geralmente, os pacientes beneficiados com a utilização da VNI são aqueles que dão entrada com respiração espontânea, porém com desconforto respiratório moderado, sensação de cansaço e falta de ar.

Fisioterapeutas e médicos ressaltam a importância de o paciente não ser submetido a tratamentos mais rigorosos e invasivos, como a intubação orotraqueal. A técnica não invasiva “traz ainda a vantagem de redução de custo para a unidade e uma maior rotatividade de pacientes”, observou o médico intensivista, Jorge Melo.

Fonte: Diário do Nordeste

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