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Câmara ouve presidente da Petrobras sobre preço de combustíveis

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A Câmara dos Deputados discute nesta terça-feira (14) com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, a responsabilidade da estatal no preço dos combustíveis e a situação das termelétricas do país.

A comissão para debater o preço da gasolina, do diesel e do álcool foi convocada pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), na tarde de ontem, a partir de requerimento do deputado Danilo Forte (PSDB-CE), assinado por parlamentares de vários partidos.

No Twitter, Lira escreveu: “Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha. O que a Petrobras tem a ver com isso? Amanhã, a partir das 9h, o plenário vira Comissão Geral para questionar o peso dos preços da empresa no bolso de todos nós. A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas.”

Governança forte

Em sua fala inicial, Silva e Luna detalhou a composição da Petrobras e falou sobre governança e conselhos que monitoram o trabalho da estatal. Ele ainda detalhou lucros e tributos pagos pela empresa e afirmou que a Petrobras acompanha a situação da atual crise energética do país.

“Quero mostrar como a empresa contribui com o Brasil: não estamos alheios a absolutamente nada; estamos aqui para discutir a crise energética”, disse Silva e Luna.

Inicialmente, Silva e Luna seria ouvido pela comissão de Minas Energia, mas o evento foi transferido ao plenário para que todos os deputados pudessem participar.

“A melhor maneira que a Petrobras pode contribuir com o Brasil é ser uma empresa forte, poder fazer investimentos muito bem selecionados e ter uma firme governança, evitando qualquer desvio e qualquer ação que não seja no sentido de somar o foco no que ela faz de melhor.”

Combustível e do botijão de gás

Segundo Silva e Luna, os valores que correspondem à Petrobras dentro do preço atual da gasolina (considerando R$ 6 por litro) é equivalente a R$ 2.

“Entra a parcela da Petrobras para cobrir custo de produção e refino do óleo – isso pode levar até 10 anos para chegar na refinaria –, investimentos, juro da dívida, impostos e participações governamentais”, disse.

Ele atribuiu a alta do preço dos combustíveis ao ICMS. “A segunda parte do preço, corresponde a uma série de tributos”, explicou Silva e Luna.

“Destes, o que afeta, porque impacta todos os outros, é o ICMS. Quando há flutuação no preço não significa que a Petrobras teve alteração no preço”, disse.

O deputado Edio Lopes (PL-RR), no entanto, afirmou que atribuir a alta dos preços dos combustíveis exclusivamente ao ICMS é “simplista”.

“Seria simplista atribuir a responsabilidade apenas no ICMS, tributo de fundamental importância para os estados. Lá em 2011, a gasolina custava R$ 2,90 e a carga tributária era a mesma dos dias atuais. Que a carga tributária, especialmente do ICMS, é um fator que pesa no resultado final do combustível é verdade, mas é simplista dizer que só isso é a causa”, rebateu o presidente da Comissão de Minas e Energia.

Sobre o preço do botijão de gás, Silva e Luna afirmou que o valor “corresponde a 50% – a parcela que não é da Petrobras também incide sobre os mesmos efeitos. A outra parcela, que não é Petrobras, inclui envase, distribuição e revenda e impostos estaduais. Não incide sobre isso impostos federais.”

Ao responder os questionamentos dos primeiros deputados inscritos, Silva e Luna defendeu que a Petrobras “responde pela parte da sua produção” e defendeu investimentos.

Fonte: CNN Brasil

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