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Arrecadação federal cai pelo terceiro mês seguido e é afetada por mudanças tributárias

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A arrecadação da União com impostos e outras receitas caiu pelo terceiro mês consecutivo em agosto, atingindo R$ 172,78 bilhões, de acordo com a Receita Federal. Esse valor representa uma queda de 4,14% em relação ao mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação. A Receita atribuiu o resultado a mudanças na legislação tributária e a pagamentos atípicos de alguns tributos.

No acumulado do ano, de janeiro a agosto, a arrecadação somou R$ 1,52 bilhão, o que significa uma redução de 0,83% em termos reais. Apesar da queda, esse foi o maior valor arrecadado para o período desde 1995, quando começou a série histórica.

Entre os tributos que mais influenciaram o resultado estão o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incidem sobre o lucro das empresas. Esses tributos são considerados indicadores da atividade econômica, principalmente do setor produtivo. Em 2023, houve uma redução de 10,6% na arrecadação desses tributos, enquanto em 2022 houve um aumento de 25,8%.

Outro fator que afetou a arrecadação foi a concessão de desonerações no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e no Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins). Essas medidas visam estimular o consumo e a produção de determinados setores da economia, mas reduzem a receita do governo. Em agosto, as desonerações somaram R$ 9,4 bilhões, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo mês de 2022.

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