Economia

Apicultura cearense busca maiores incentivos

 

Em 2009, o Ceará foi o 2º maior exportador de mel do Brasil e 1º do Nordeste, quando exportou US$ 14,317 milhões. Já em 2010, o montante foi menor: US$ 9,721 milhões. De lá para cá, segundo informa a Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), a exportação vem diminuindo por conta, principalmente, da seca. Atualmente, cerca de 90% da exportação de mel cearense e de agricultores familiares. No Estado, existem 176 associações de apicultores em 143 municípios e ainda quatro cooperativas. No total, mais de cinco mil famílias trabalham diretamente com a apicultura, conforme dados da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece).

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Em 2009, o Ceará foi o 2º maior exportador de mel do Brasil e 1º do Nordeste, quando exportou US$ 14,317 milhões. Já em 2010, o montante foi menor: US$ 9,721 milhões. De lá para cá, segundo informa a Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), a exportação vem diminuindo por conta, principalmente, da seca. Atualmente, cerca de 90% da exportação de mel cearense e de agricultores familiares. No Estado, existem 176 associações de apicultores em 143 municípios e ainda quatro cooperativas. No total, mais de cinco mil famílias trabalham diretamente com a apicultura, conforme dados da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece).

 

Apesar de o volume de exportações não ter crescido, a venda interna aumentou consideravelmente – isso, também, porque apenas 10% da produção são vendidos internamente. Ainda de acordo com a Adece, mesmo com a crise, a produção em 2014 chegou a mil toneladas, embora a intenção dos apicultores seja de que o Estado volte a ocupar novamente sua antiga posição. “Nesse sentido, o ambiente do Seminário Nordestino de Pecuária (Pecnordeste), que se realizará de 16 a 18 de junho próximos, no Centro de Eventos do Ceará, é um dos mais propícios para a discussão dos problemas que atravessa o setor e juntos encontrarem uma solução, devendo realizar, inclusive, a reunião da Câmara Setorial do Mel (CSMEL), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, disse o coordenador do segmento, José Everton Chaves, que preside a CSMEL no Ceará.

Ações

Assim sendo, a comissão técnico-científica do Pecnordeste decidiu optar pela discussão de temas que venham a ajudar o produtor a sair das dificuldades em que se encontra, voltar a exportar em maior quantidade, visto que o mel cearense ē um produto de boa qualidade e de bastante procura no mercado internacional, principalmente pelos países da Comunidade Europeia e Estados Unidos -principais importadores. As palestras sobre o tema visam, inclusive, agregar valor ao produto, iniciando as atividades no dia 16, no período da tarde, com uma oficina sobre elaboração de trufas e bolos com mel. “Aqui mesmo no Ceará, tem gente que só compra mel se estiver doente. Mas é preciso se conscientizar de que o mel não é um remédio, e sim um alimento que deve ser consumido como qualquer outro”, observou o produtor Vinicius Carvalho, integrante da CSMEL.

De acordo com a CSMEL no Ceará, a demanda pelo produto é crescente, principalmente para a compra do mel orgânico. Porém, para o Estado se manter em nível competitivo, sugestões e medidas devem ser tomadas por meio do fórum democrático consolidado pela Câmara para o fortalecimento da cadeia produtiva. Destacam-se a assistência técnica, os investimentos públicos estruturantes na organização e capacitação dos produtores, além do desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias, tais como a conscientização da troca anual de abelhas rainhas e a reativação do programa estadual de melhoramento genético de abelhas, visando o aumento da produtividade.

Meliponicultura

A meliponicultura será um dos temas dentro do Pecnordeste que tratará do “Retrato da Meliponicultura”, quando será destacada, inclusive, o retorno da produção de abelha jandaíra – que quase desapareceu do sertão nordestino, em consequência do desmatamento e uso indiscriminado de inseticidas. É uma espécie nativa da caatinga e que produz mel nobre, saboroso, raro, com reconhecida propriedade medicinal.

 

No município de Crateús, no entorno da Reserva Natural Serra das Aknas, agricultores familiares são incentivados a tornarem-se apicultores, ou meliponicultores. Esse é o termo que se usa para definir os produtores de mel advindo da criação racional de abelhas nativas com ferrão atrofiado. No caso,utilizando a espécie jandaíra (Melipona subnutrida). O projeto é uma iniciativa da Associação Caatinga.  

Saiba mais

O Pecnordeste é uma realização do Sistema Faec/Senar-CE/Sebrae-CE com o apoio de diversos parceiros e terá como tema central “Sertão Empreendedor: Um novo tempo para o semiárido” envolvendo sete segmentos produtivos do agronegócio da pecuária (Apicultura, Aquicultura e Pesca, Avicultura, Bovinocultura, Caprinovinocultura, Equinocultura e Suinocultura) e dois não pecuários (artesanato e turismo rural). O evento será realizado no período de 16 a 18 de junho, no Centro de Eventos do Ceará, e as inscrições podem ser feitas através do telefone (85)-3535-8009, ou na Rua Edite Braga, 50 – Jardim América. Outras informações: pecnordeste@faec.org.br.

 

 

Fonte: O Estado CE

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