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Antes para 20 mil, Coliseu cearense estreia, após 6 anos, para 900 pessoas

[caption id="attachment_21131" align="alignnone" width="700"]Coliseu de Alto Santo não tem acabamento na parte da frente: terreno é terra batida e apresenta imperfeições (Foto: Juscelino Filho)Coliseu de Alto Santo não tem acabamento na parte da frente: terreno é terra batida e apresenta imperfeições (Foto: Juscelino Filho)[/caption]

Em jogo de inauguração da obra que se arrastou durante mais de meia década, representante da Prefeitura rechaça gasto excessivo e aterramento de açude

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Coliseu de Alto Santo não tem acabamento na parte da frente: terreno é terra batida e apresenta imperfeições (Foto: Juscelino Filho)

Em jogo de inauguração da obra que se arrastou durante mais de meia década, representante da Prefeitura rechaça gasto excessivo e aterramento de açude

 

O polêmico estádio Coliseu de Alto Santo foi, enfim, inaugurado. Antes com capacidade idealizada para 20 mil pessoas – mais que a população da cidade – a praça esportiva com fachada inspirada no monumento homônimo de Roma recebeu 900 torcedores na estreia do Alto Santo contra a equipe do União, neste domingo (9), em duelo válido pela Terceira Divisão do Campeonato Cearense. Mas calma, leitor. O jogo será um mero detalhe neste texto.

O município fica na microrregião do Baixo Jaguaribe, no Sertão Cearense, a 243 quilômetros de Fortaleza. Em 2009, a obra do estádio foi iniciada. O primeiro passo foi implantar o gramado, irrigado diariamente durante os seis anos de feitura da praça esportiva, diferente, por exemplo, da Arena Castelão, que recebeu seis jogos de Copa do Mundo e teve o gramado como penúltima parte a ser concluída, à frente apenas das arquibancadas. 

Outro detalhe é que o estádio foi construído sobre um açude aterrado, mas que é negado pelo coordenador de esportes do município de Alto Santo, Márcio Bezerra, representante da prefeitura no evento que inaugurou o Coliseu. Em conversa com o GloboEsporte.com, antes de a bola rolar, Márcio até aceitou o equívoco do início da obra pelo gramado, mas rebateu a contestação do aterramento do açude.

– Pode até ter sido um equívoco, mas a maior dificuldade é sustentar um gramado desse. Não adiantava eu ter uma arquibancada bonita sem gramado para não ter jogo. Tudo isso faz parte do projeto. Mas foram seis anos de espera no projeto? Foram seis anos esperando para ter o momento certo (para o jogo) e eu acho que esse foi o momento certo – replicou Márcio.

Sobre o aterramento do açude, o coordenador foi de encontro à versão de que o estádio foi construído desta maneira. Segundo ele, havia um depósito de água não tratada, usada apenas para consumo animal.

– Muita gente comenta que isso era um açude. Mas não era. Isso era um acúmulo de água que era usada para alimentar animais. Uma água que não era tratada. Um poço que juntava água que servia apenas para dar banho em animais – argumentou.

O primeiro – e até então único – lance de arquibancadas (com capacidade para cinco mil pessoas) e a frente, réplica da famosa construção romana, deram o toque final ao estádio. De acordo com o coordenador de esportes do município de Alto Santo, o estádio está “99% pronto” (embora o projeto inicial tivesse a previsão de 20 mil lugares, o que colocaria em xeque o 1% restante, que “equivaleria” aos 15 mil lugares não construídos) haja vista que a imponente fachada ainda não foi pintada. Márcio reconhece a obra como “polêmica”, mas dá explicações sobre a capacidade do Coliseu.

Fonte: Globo Esporte

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