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Americando: Não adianta…

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Infelizmente não… não adianta… é fato… não adianta… Não adianta a imagem, a filmagem, a sonora, os números, a lógica e comprovação científica… não adianta… O absurdo se tornou regra inegociável… e aquele tipo que só ver tv e mídias sociais regadas a memes virou o super, ultra, mega, plus, hiper conhecedor de tudo, o questionador , o informado e se a Ciência com seus métodos evidenciam os fatos, não importa…. o que esse indivíduo acha é o que importa e entende que há muita coisa errada na Ciência… A terra, por exemplo, para esse tipo, é plana; a economia está bem, pois o dólar em alta é bom, mesmo ele não possuindo esta moeda e nem entendendo de câmbio; na Amazônia sempre existiram queimadas; os índios sempre foram exterminados porque é assim mesmo… eles são selvagens, violentos e preguiçosos… essa coisa de desemprego sempre existiu… o que vale é a meritocracia, pois só estar desempregado quem não tem capacidade e o bom é vender tudo mesmo, privatizar, estado mínimo, pois gera mais empregos, já que esses funcionários públicos não fazem nada mesmo… é por aí a tônica… e não adianta… não adianta expor dados, números, contextos históricos semelhantes, mostrar provas, evidenciar por a + b que a velha política do “toma lá dá cá” impera… não adianta… há um orgulho, parece, uma negação do equívoco, um universo paralelo ou uma bolha por certo que por mais que você mostre, não adianta… esse tipo, se quiser, diz que 2 + 2 é 13 ou 17 e pronto…

Certa vez, ouvi uma piada… não foi bem contada como sempre proseia poeticamente e humoristicamente o grande Giovani Oliveira, mas era na tônica desses causos que ele conta… É sobre dois amigos muito próximos… um desses descobriu que a mulher do outro pulava a cerca… então, como eram amigos, contou. O outro perguntou se ele provava; lógico, já que eram amigos, essa história não ia ser criada do nada… O amigo que contou o fato disse que quando a mulher do outro entrasse no motel com o esquema avisaria ao amigo… então se deu assim… No dia que o fato aconteceu o amigo chamou o outro e deu a localização do motel e quarto… e foram até lá… O traído entrou, foi até o quarto, abriu um pouco a porta e ficou olhando sem ser notado… e depois voltou…

Quando voltou o amigo que denunciou a traição perguntou: “E aí?”, o outro respondeu: “Nada…. estão só conversando…” é isso… tem coisa que não adianta… não perca mais energia com isso… não adianta… e como diz um amigo de trago: “Ninguém liga… segue o jogo…”

“Ehê, ahã! Quando acabar o maluco sou eu
Ahã! Quando acabar, o maluco sou eu” (Quando acabar o maluco sou eu!, Raul Seixas).

*Por José Américo, colunista.

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