Servidores públicos de Iguatu vão às ruas em protesto contra a prefeitura

Na manhã desta sexta-feira, 26, servidores públicos da prefeitura de Iguatu e agentes de saúde do município foram às ruas em protesto contra a prefeitura. O protesto é resultado da insatisfação provocada pelo não cumprimento do acordo que deu fim à greve dos servidores municipais e também da decisão do prefeito Aderilo Alcântara em dar um novo destino ao dinheiro destinado ao incentivo das agentes de saúde da família, que normalmente é pago em dinheiro às agentes e uma decisão do prefeito destinou os recursos à compra de material, com fardamentos e outros equipamentos.

Após o primeiro momento o grupo seguiu pelas ruas da cidade até a sede da prefeitura, no bairro Veneza. Apesar do significativo número de servidores em protesto a prefeitura não enviou nenhum representante para dialogar.

O ato público
A ação teve início por volta das 8 da manhã, em frente à sede da secretaria municipal de saúde, no centro da cidade. Munidos de faixas e cartazes, os manifestantes também bradavam palavras de ordem exigindo o cumprimento dos seus direitos. Fátima Lopes, presidente Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu (SPUMI) lembrou que a ação conjunta busca dar força e visibilidade à luta. Silvia Helena, da executiva da diretoria regional do SindSaúde, também ressaltou a importancia da união entre as diferentes categorias em torno da causa. “A gente sabe que quanto mais gente, mais força tem o movimento e a gente não vai ceder enquanto o senhor prefeito não fazer o que acreditamos como correto, o que outros municípios estão fazendo e como era sempre feito”, afirmou.

O ato encerrou após mais discursos lembrando dos pontos criticados e das demandas dos servidores. Após esse ato outros estão sendo planejados

Após o primeiro momento o grupo seguiu pelas ruas da cidade até a sede da prefeitura, no bairro Veneza. Apesar do significativo número de servidores em protesto a prefeitura não enviou nenhum representante para dialogar. O ato encerrou após mais discursos lembrando dos pontos criticados e das demandas dos servidores. Após esse ato outros estão sendo planejados. A possibilidade de greve é colocada como última alternativa caso o prefeito não negocie e todos os atos sindicalistas seguem os procedimentos legais orientados pela assessoria jurídica dos sindicatos.

Mulheres em luta
Um fato interessante no movimento sindicalista é a presença expressiva das mulheres, com a presidencia do SPUMI sob o mandato de Fátima Lopes, servidora pública com muita experiência. À frente da mobilização das agentes de saúde está Silvia Helena, também com longa história na categoria. Além delas, muitas outras levantam as bandeiras de luta e assumem postos que tradicionalmente na história sindical foram ocupados por homens. Tal fato mostra afinação com o crescente movimento de empoderamento feminino. No movimento sindical do estado um destaque feminino pode ser dado à Ivonete Maia, a primeira mulher a presidir o sindicato dos Jornalistas do estado em 1981.

Entenda o caso
As demandas das agentes de saúde
Silvia Helena, da executiva da diretoria regional do SindSaúde, representando as agentes de saúde, cobrou do prefeito a revisão da decisão que muda o destino dos recursos de incentivo, chamado pelas agentes de ’14º salário’. Tradicionalmente essa gratificação é paga em dinheiro, mas nesse ano o prefeito Aderilo Alcântara, decidiu por alterar o pagamento dessa gratificação, destinando esse dinheiro para a compra de material de trabalho. A proposta foi recusada pelos servidores. Dessa insatisfação surge a motivação para a paralisação marcada. O pagamento do auxílio insalubridade é outra demanda da categoria, que exigem esse pagamento do poder público que ainda não foi implantado.

Servidores Municipais exigem cumprimento de acordo
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu, SPUMI, Fátima Lopes, lembra que a motivação dessa paralisação é a cobrança do cumprimento do acordo feito para a suspensão da greve. O acordo foi feito depois de quatro meses de greve e foi fruto de trabalho entre uma assessoria contratada pelo sindicato e representação da prefeitura. O acordo, no entanto, não foi cumprido pela prefeitura como havia sido acordado. Segundo o acordo firmado, uma comissão do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, o PCCR, faria parte e acompanharia o processo de implantação, fato não cumprido pela prefeitura.