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Dispensas de medalhistas olímpicos no início do ciclo preocupam CBDA
[caption id="attachment_111" align="alignleft" width="620"]Thiago Pereira não teve seu contrato renovado pelo Corinthians (Foto: Satiro Sodré / Agif)[/caption]Ricardo de Moura, superintendente técnico, diz que haverá decréscimo técnico e ansiedade no mercado após a não renovação com Thiago Pereira e Cielo


Thiago Pereira não teve seu contrato renovado pelo Corinthians (Foto: Satiro Sodré / Agif)
O ciclo olímpico de 2016 não começou da maneira que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) imaginava. Primeiro foi Thiago Pereira, que, depois de dois anos, não teve seu contrato renovado pelo Corinthians, clube que defendeu desde maio de 2010. A decisão do clube paulista foi seguida pelo desmanche da equipe adulta do Flamengo, que tinha Cesar Cielo, Nicholas dos Santos, Leonardo de Deus e Joanna Maranhão entre seus integrantes. A dispensa dos medalhistas olímpicos, que buscam agora novas equipes para representar, gerou preocupação. De acordo Ricardo de Moura, superintendente técnico da CBDA, haverá um decréscimo técnico no Rio e em São Paulo, além de gerar uma insegurança no mercado.
– Isso impacta negativamente como um todo. Gera uma insegurança porque nosso sistema é de clubes, eles são os formadores. Cria uma ansiedade no mercado e alguns podem querer seguir isso. O Pinheiros fez uma lista de dispensas também. Será um decréscimo técnico violento porque estamos falando de medalhistas olímpicos que participavam também de competições estaduais. O atleta em formação pensa: “Se isso é feito com eles não vai ser feito com um que ainda não é nada?”. Essa é a insegurança. Você aproveita quando ganha a medalha e depois joga fora? O maior legado do atleta olímpico é o que ele instiga na nova geração. Ele desperta nos mais jovens o desejo de ser igual a ele, traz motivação. O ciclo não vai começar do jeito que imaginamos. Mas, errado ou certo, não podemos interferir nas instituições – disse.
O dirigente não acredita que os grandes nomes da natação ficarão sem clube nesta temporada. Diz que alguns deles já foram incorporados a novos times. Embora alguns percam a principal fonte de renda momentaneamente, Ricardo ressalta que os patrocínios individuais e bolsas de programas do governo darão um bom suporte.
– Eles fizeram um bom pé de meia e dá para aguentar. Todo ano pós-olímpico costuma ser complicado, mas a gente vê luz no fim do túnel por conta dos Jogos de 2016. Acho que vai ter uma procura por esses atletas, e as instituições vão querer ter nadadores deste nível em suas equipes, treinando no Rio. Há instituições se mexendo para isso. Mas atrás de Cesar e Thiago tem muita gente. E alguns vão ficar a ver navios. O que mais me deixa espantado é o investimento feito e, de um dia para o outro, ele acaba. Sempre colocam o esporte olímpico como vilão. Não existe um planejamento a longo prazo, estratégico e bem definido. A descontinuidade administrativa faz o esporte sentir os problemas. Clubes ligados ao futebol têm visibilidades centenárias e agregam espontaneamente. Por outro lado, dizem que não têm recursos, que o investimento impacta nos valores do futebol. Mas a que corresponderia isso em termos de salário de um jogador? O problema da política interna acontece e acaba sendo igual em todas as instituições.
Para este ciclo, com as Olimpíadas sendo disputadas em casa, Ricardo de Moura acredita que os atletas deverão mudar alguns conceitos. Será necessário ter uma parceria maior com os investidores, com a participação maior nos eventos para uma maior exposição da marca. Cita o modelo da NBA como um bom exemplo.
– Acho que as coisas vão se acertar. A referência não tem preço. Dá um nível de aceleração de desenvolvimento maior ao esporte. Leva-se 10, 12 anos para um medalhista olímpico ser formado. E nós temos dois nadando aqui no Brasil.
Fonte: Globo Esporte

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