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Várzea Alegre: Criadores decidem abater animais para não ver morrer de fome

[caption id="attachment_1522" align="alignleft" width="600"]Foto: Honorio BarbosaFoto: Honorio Barbosa[/caption]Para não ver o gado morrer de fome, um grupo de pequenos criadores do sítio Monte Alegre, distante 23 km da cidade de Várzea Alegre, na região Centro-Sul do Ceará, decidiu abater os animais e vender a carne bem abaixo do preço de mercado, na própria localidade, onde, moram cerca de 60 famílias.

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Foto: Honorio Barbosa

Para não ver o gado morrer de fome, um grupo de pequenos criadores do sítio Monte Alegre, distante 23 km da cidade de Várzea Alegre, na região Centro-Sul do Ceará, decidiu abater os animais e vender a carne bem abaixo do preço de mercado, na própria localidade, onde, moram cerca de 60 famílias.

São dez criadores e cerca de 100 animais. O abate será feito semanal e de três em três animais. “Foi uma decisão dura, difícil, mas foi a alternativa que encontramos”, disse o criador, Maiko de Morais Costa. “Vamos ter prejuízo, mas é melhor perder no boi do que o boi todo”.

Na localidade, os cacimbões secaram e não há mais pastagem para alimentar os bovinos. “Somos pequenos criadores e não temos condições financeiras de comprar ração”, disse. “Um saco de resíduo custa mais de 60 reais, não há milho que dê para atender a nossa necessidade e quem tinha silagem, nessa época do ano, já se acabou”.

Um quilo de carne bovina no mercado local varia entre R$ 15,00 e R$ 18,00. Na localidade Monte Alegre o quilo da carne é vendido para as famílias locais por R$ 5,00. “É uma forma de solidariedade que nós moradores encontramos, depois de discutir a nossa situação”.

Na próxima terça-feira, serão abatidas mais três reses. “Estamos selecionando os animais com um pouco mais de carne”, disse Costa. “Será feito um rodízio entre os criadores”.

Sem chuva, não há pastagem nativa e a seca se agrava no sertão do Ceará desde 2012. “Ainda temos fé, esperança que chova pelo menos para fazer pastagem, mas a situação é muito crítica porque os animais estão morrendo de fome”, disse Maiko Costa.

Fonte: Diario Centro Sul

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