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Trimestre de 2022, registra 386 vítimas de crimes sexuais no Ceará

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No dia 20 de março, uma mulher de 41 anos, abandonada desacordada em via pública, foi estuprada por um homem que passava pelo local, no bairro Ponta da Serra, em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza. A cena foi flagrada por câmeras de segurança, se espalhou pelas redes sociais e ganhou repercussão pública. A mulher é uma das 386 vítimas de crimes sexuais nos três primeiros meses de 2022.

Em janeiro foram 111 vítimas, em fevereiro houve um aumento para 115 e em março foram 160 casos, segundo dados disponibilizados no site da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Segundo as estatísticas da SSPDS, de fevereiro para março deste ano o aumento das ocorrências de abusos sexuais foi de 39% em todo o Ceará.

No caso do estupro de Itaitinga, um suspeito foi identificado e localizado. Havia fugido de Itaitinga para Miraíma, interior do Ceará. Ao perceber o cerco policial na residência, ele tirou a própria vida. De acordo com a SSPDS, José Nascimento Veras, de 37 anos, não tinha antecedentes criminais.

A reportagem recebeu informações de que pessoas que estavam no bar com a vítima do estupro e a abandonaram na rua, em situação de vulnerabilidade, poderão ser indiciados por omissão.

Entre janeiro a dezembro de 2021 foram 1.946 vítimas de crimes sexuais no Ceará. A SSPDS, por meio da Gerência de Estatística e Geoprocessamento, mostrou que o número mensal ficou entre 125 a 212 nos 12 meses.

Em nota, a SSPDS informou que as Forças de Segurança do Ceará atuam no combate a crimes sexuais contra mulheres em todo o território cearense. O órgão citou a Operação Resguardo, que deflagrada entre fevereiro e março de 2022, realizou 350 prisões e apreensões de pessoas envolvidas em crimes de violência doméstica e sexual contra mulheres.

De acordo com a Secretaria da Segurança, o Ceará está “em primeiro lugar no Nordeste e em sexto no País, em número de capturas, em razão das ofensivas”. Além disso, afirma a pasta, “sempre reforça a importância da denúncia desse tipo de delito, para evitar a subnotificação das ocorrências e fortalecer os trabalhos policiais”.

Segundo a nota da SSPDS, “é importante destacar que o aumento nos índices se deve principalmente ao estímulo às denúncias. Quando os casos são noticiados à Polícia Civil, as unidades policiais conduzem às apurações que levam a identificação de suspeitos bem como a representação de suas prisões”.

A nota informa ainda que o Ceará tem 10 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM). “No dia 8 de março, o Governo do Ceará inaugurou a Casa da Mulher Cearense no Cariri, com a intenção de ampliar a assistência psicossocial e jurídica à população feminina vítima de crimes. Em Fortaleza, a DDM fica na Casa da Mulher Brasileira”.

Conforme a SSPDS, nos locais onde não há uma unidade especializada, a população pode procurar às delegacias municipais, metropolitanas e regionais para registrar as ocorrências.

Fonte: O Povo

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