Ceará

Temperatura média no Ceará está até 2º mais baixa

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A temperatura média no Ceará deve continuar cerca de 1º ou 2º mais baixa em setembro e outubro, em comparação aos próximos meses, como novembro de dezembro, historicamente mais quentes. Com ventos mais fortes, o período traz uma sensação térmica mais confortável durante a madrugada e o início da manhã, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Nos últimos quatro dias, a temperatura em Barbalha chegou a 20.9º, enquanto que em Fortaleza essa medição chegou a 23.6º. A temperatura marcou 22.5º em Quixeramobim, na madrugada desta sexta-feira, 9, e 24.4º na capital cearense. “Os ventos muito fortes facilitam a diminuição das temperaturas. A tendência é que a sensação térmica aumente em novembro e dezembro, quando os ventos são menos intensos”, enfatiza o meteorologista da Funceme Raul Fritz.

Além da velocidade dos ventos, o inverno no hemisfério sul tem pequena interferência na redução das temperaturas no Estado. “Esse inverno, apesar da pouca influência, tende a baixar as temperaturas mínimas cerca de 1º. O pessoal que mora no sudeste sente mais isso”, afirma Fritz.

O período de ventos mais fortes deve-se ao deslocamento do Sistema de Alta Pressão Atmosférica do Atlântico Sul, com picos em agosto e setembro. A velocidade começa a diminuir em outubro e novembro. No mês seguinte, as temperaturas mais altas, com ventos mais fracos, aumentarão o calor.

Os ventos são mais fortes nas áreas mais próximas ao litoral, mas Raul explica que, mesmo assim, há registro de ventos intensos no interior. “Os ventos alísios que vêm dos oceanos, em certos momentos, conseguem adentrar o continente. Vão sendo amortecidos, aos poucos, pelo relevo, mas ainda conseguem chegar no interior”, completa.

Em Fortaleza, as rajadas de vento alcançaram 55km/hora nos últimos quatro dias. Os ventos na capital tiveram uma média de velocidade de 35km/hora, conforme a Funceme.

Umidade baixa
Os fortes ventos dão uma trégua no calor sentido no Estado, mas a baixa umidade relativa do ar, agravada pelos cinco anos consecutivos de seca, elevam a temperatura nos horários mais quentes do dia. “Desde junho e julho temos registrado umidades bem baixas no ar. No alto Jaguaribe e no Iguatu, por exemplo, a umidade relativa do ar alcançou 16% nos últimos quatro dias, o que já caracteriza estado de alerta”, frisa o meteorologista Raul Fritz.

Como essa umidade está relacionada à quantidade de vapor na atmosfera, a estiagem piora a situação no Ceará. Na madrugada desta sexta-feira, 9, nenhum município cearense registrou chuva. “Normalmente a umidade de Fortaleza é alta devido à proximidade do mar, mas ficou em 36% nos últimos quatro dias, bem perto do nível de atenção da OMS (Organização Mundial de Saúde)”, diz o meteorologista.

Segundo a  OMS, o nível adequado da umidade relativa do ar para o organismo humano varia entre 40% e 70%. Os índices inferiores a 40% não são adequados para a saúde humana, pois o ar fica saturado de vapor de água, afetando o controle da temperatura corporal.

A baixa umidade do ar, de acordo com a OMS, pode ocasionar: complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas; sangramento pelo nariz; ressecamento da pele; irritação dos olhos; eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos; aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas.

AR SECO
Abaixo de 12% – Emergência
Entre 12% a 20% – Alerta
Entre 21% a 30% – Atenção
Entre 31% a 40% – Observação

Fonte: OPOVO

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