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STF decreta a prisão do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres e o ex-comandante da PMDF coronel Fábio Augusto

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou prender o ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres e o ex-comandante da PMDF coronel Fábio Augusto. Os dois são acusados de omissão e conivência com os atos terroristas cometidos contra as sedes dos Três Poderes no dia 8. Torres, que teve a prisão pedida ainda no domingo pela Advocacia-Geral da União (AGU), está em Orlando, na Flórida, mesma cidade para onde viajou o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi ministro da Justiça, mas agentes da PF fizeram uma busca em seu endereço. Segundo pessoas próximas, ele deve voltar ao Brasil nos próximos dias e se entregar, conta Natuza Nery. Já o coronel foi preso em casa. Torres foi exonerado ainda no domingo pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), depois afastado do cargo por Moraes. Augusto também foi exonerado, mas na segunda-feira, pelo interventor federal Ricardo Cappelli.

O Palácio do Planalto já tem informações de que Torres, ao contrário do que havia alegado, se encontrou com Bolsonaro em Orlando, revela Tales Faria. A reunião teria acontecido no sábado, véspera dos atos terroristas em Brasília.

Já com a prisão decretada, Torres compartilhou uma mensagem no Instagram dizendo que seu WhatsApp havia sido clonado e recomendando que seus contatos não aceitassem mensagens nem ligações. Segundo Bela Megale, investigadores veem uma possível estratégia para justificar a ausência de mensagens no celular, que será apreendido quando ele for preso.

Segundo o interventor na área de segurança do DF, Ricardo Cappelli, Anderson Torres demitiu titulares de cargos-chave na secretaria antes de viajar para os EUA, deixando a estrutura acéfala. “Houve desmonte do comando da secretaria. O secretário viajou por acaso? Essas ações são coincidência? Não me parece”, diz o interventor.

Em outra frente, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse ontem, em entrevista à GloboNews, que 50 mandados de prisão devem ser expedidos contra organizadores e financiadores dos atos antidemocráticos. Cerca de 200 pessoas foram presas em flagrante durante os ataques de domingo e outras 1.200 no dia seguinte, no acampamento montado em frente ao QG do Exército.

Ontem, a Polícia Federal liberou, por questões humanitárias, cerca de 600 manifestantes que estavam detidos em Brasília. Eram idosos acima de 65 anos, pessoas com comorbidades graves e mulheres com crianças. Todos foram interrogados e tiveram os celulares periciados antes da liberação.

E as fake news nas redes bolsonaristas seguem à toda. Na mais recente, uma idosa teria morrido sobre custódia da PF em Brasília. A publicação usava uma foto de 2018 de um banco de imagens. A pessoa na foto é Deolinda Tempesta Ferracini, que morreu em outubro de 2022. “Fake news porca, nojenta”, disse Juliana Cuchi Oliveira, neta da idosa.

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