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Sociedade civil investe em parcerias para recuperação florestal no país

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A sociedade civil está se unindo para desenvolver a economia da restauração florestal, com foco em soluções baseadas na natureza e mecanismos financeiros. Esses novos projetos buscam aproveitar o mercado de carbono para promover um modelo sustentável que restaure a cobertura verde e ofereça oportunidades para as comunidades locais.

Um exemplo dessa iniciativa é a parceria entre uma empresa de restauração em larga escala e a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil). Anunciada recentemente, essa parceria visa restaurar 12 mil hectares no extremo sul da Bahia. Esse esforço também é financiado pela Priceless Planet Coalition, que reúne comerciantes, bancos, cidades e consumidores para combater as mudanças climáticas.

Mauricio Bianco, vice-presidente da CI Brasil, acredita que essa união de diversas frentes pode ajudar o Brasil a superar a meta de restaurar 12 milhões de hectares até 2030. A parceria começará focando na Mata Atlântica, no sul da Bahia, com a esperança de expandir para outros biomas, especialmente a Amazônia.

A meta de recomposição das áreas naturais do Brasil foi reafirmada com a atualização do Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg), apresentada na 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas para a Biodiversidade (COP16) em Cali, na Colômbia. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a importância dessa atualização.

O Planaveg identifica um passivo de 23,7 milhões de hectares que precisam ser recuperados para atender à legislação brasileira. Esse passivo inclui áreas em terras indígenas, assentamentos, unidades de conservação e propriedades rurais privadas. As estratégias de recuperação envolvem desde sistemas integrados de produção até a regeneração e conservação da vegetação nativa.

Um estudo publicado na revista Nature revela que o Brasil possui um quarto do potencial global para regeneração natural em regiões tropicais desmatadas, equivalente a 55,12 milhões de hectares. Esse potencial pode ser explorado com técnicas de menor custo, aproveitando áreas próximas a regiões conservadas e exigindo ações mínimas de manejo, como controle de espécies invasoras.

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