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Primeiro remédio para Covid chega à rede pública do Ceará

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Os pacientes com sintomas leves e moderados, mas com maior risco de desenvolver formas graves da Covid, devem ter acesso ao remédio antiviral Paxlovid, específico contra a Covid, que foi recebido pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e será distribuído até a semana que vem. Foram recebidos 1.950 tratamento no primeiro lote enviado pelo Ministério da Saúde.

O medicamento deve ser usado até 5 dias do início dos sintomas, em pacientes que não estão hospitalizados, e pode evitar formas graves da Covid-19 em idosos ou com sistema imunológico comprometido. Esse, inclusive, deve ser o público prioritário para o uso do remédio. Ainda não é possível encontrar Paxlovid nas farmácias.

No Ceará, a distribuição aos municípios começou nesta semana e deve ser finalizada nos próximos dias, conforme a Sesa. “A dispensação segue orientações repassadas pelo Ministério da Saúde e o repasse começou a ser feito para os municípios”, frisou a Secretaria.

“Se usado até os primeiros 5 dias, consegue reduzir significativamente a quantidade de vírus dentro do corpo e, portanto, reduzir as chances da pessoa ter uma forma grave”, detalha o infectologista Guilherme Henn, diretor da Sociedade Cearense de Infectologia.

Cada dose do tratamento contém dois comprimidos de 150mg de nirmatrelvir (total de 300mg) e um comprimido de ritonavir (100mg), que devem ser tomados simultaneamente, conforme o guia do Ministério da Saúde, publicado em outubro deste ano, para uso do Paxlovid.

“Essa dosagem deve ser administrada, na maior parte dos pacientes, duas vezes ao dia, por um período de cinco dias”, detalha o documento.

Por isso, é importante que os pacientes façam o teste logo no início dos sintomas. Essa medicação chega com a confirmação da subvariante da ômicron BQ.1, que é mais transmissível e pode causar novos picos da doença.

“O Paxlovid já está em uso nos Estados Unidos, em países europeus e agora, muito tardiamente, o Ministério da Saúde disponibilizou as primeiras doses do medicamento”, analisa Guilherme. O uso também é feito no Canadá, Austrália, Japão e Reino Unido, por exemplo.

Como não vai ter remédio para todo mundo, e de fato os estudos clínicos mostram que ele faz mesmo diferença nas pessoas com risco maior de desenvolver doença grave, como idosos, imunossuprimidos, elas são as prioritárias para receber esse medicamento que vai ser distribuído pelo SUS
GUILHERME HENN
Diretor da Sociedade Cearense de Infectologia

O medicamento é um antiviral, ou seja, age diretamente contra o coronavírus. A autorização para uso emergencial do Paxlovid foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 30 de março de 2022.

 

Fonte: Diário do NOrdeste

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