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Prata em olimpíada de matemática ganha bolsa em universidade dos EUA

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O caminho até conquistar uma vaga em um curso de matemática aplicada à ciência da computação na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, teve incontáveis horas de estudo e muito planejamento, que incluiu até mesmo não abrir mão da prática de esporte e dos hobbies. O cearense Daniel Lima Braga, 19 anos, conseguiu ser admitido com uma bolsa parcial e já encara o desafio da adaptação em New Jersey.

O sonho de estudar fora começou ainda antes da adolescência. “Eu lembro que tinha uns 10 ou 11 anos e ouvi alguém falar de MIT, Harvard e outras universidades, apontando-as como as melhores do mundo. Na época eu virei para os meus pais e disse que eu queria estudar lá e a resposta deles foi simplesmente “Tudo bem filho. Então estude!”, comenta.

Daniel conta que o tempo passou, o sonho de criança ficou praticamente esquecido até suas participações em olimpíadas de matemática. “Eu comecei a conhecer alunos mais velhos do que eu e que tinham passado em universidades como Princeton, Yale, Harvard e MIT e descobri que aquele meu sonho de criança não era tão impossível”, explica.

“Conversando então com esses meus amigos de olimpíadas tive minhas primeiros instruções de como fazer para estudar nos Estados Unidos e foi aí que o longo processo de admissão em Princeton começou”, disse.

Nesse período, vinte e duas medalhas em olimpíadas de matemática. As mais recentes foram as de prata nas últimas três edições – 2014, 2015 e 2016 – da Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, na sigla em inglês).

A paixão pela matemática levou o jovem a preparar alunos especificamente para as olimpíadas no colégio em que concluiu o ensino em Fortaleza, o Farias Brito. “De fevereiro a Agosto deste ano eu estava trabalhando como professor no Farias Brito como forma de agradecimento por tudo o que eles fizeram por mim e também para juntar dinheiro para a universidade”, explica.

O trabalho ajudou no planejamento financeiro, mas o desafio de se manter nos EUA ainda vai exigir o apoio da família. “Meu trabalho no Farias Brito ajudou bastante e durante essas férias levantei uma vaquinha online no vakinha.com que também vai ajudar a amenizar os custos, mas por enquanto o restante das despedas está por conta dos meus pais”, afirmou.

Em meio a todo o processo, engana-se quem acredita que as seis horas diárias de estudo o deixavam sem tempo livre. “Sempre sobra tempo para fazer coisas além de estudar. Entre os meus hobbies estão jogar tênis e beach tênis (uma variação do tênis que é jogado na praia) e também toco violão e um pouco de teclado”, disse.

Fonte: G1/CE

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