Política

Possibilidade de abertura da CPI do MEC dividem senadores do Ceará

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Em discussão no Senado Federal, a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostos desvios de recursos no Ministério da Educação divide a bancada do Ceará na Casa. Enquanto os senadores Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB) subscreveram o requerimento para abertura, o senador Eduardo Girão (Podemos) considera que a CPI pode acabar sendo “banalizada” e “politizada” devido a proximidade com as eleições.

Requerimento para abertura da CPI do MEC conta, nesta segunda-feira (11), com 24 assinaturas. O documento chegou a ter 27 subscrições – mínimo necessário para ser protocolado na Mesa Diretora da Casa -, mas três senadores retiraram a assinatura durante o final de semana.

Apesar disso, o autor do requerimento, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse, em entrevista à Rádio Eldorado, que pretende alcançar 29 assinaturas até a próxima quarta-feira (13). Ainda segundo o senador, as desistências foram motivadas por “força-tarefa” coordenada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI).

“O ministro está atuando com os mecanismos de força que ele tem, com orçamento secreto, mobilizando todas as estruturas do governo Bolsonaro para impedir que a investigação se concretize”, disse.

INVESTIGAÇÃO “POLITIZADA”
Motivo da queda do ministro da Educação, Milton Ribeiro, a investigação no Senado seria centrada na suspeita de tráfico de influência na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – inclusive, com a suspeita de pedido de propina.

O senador Eduardo Girão afirmou que é “a favor da apuração rigorosa” sobre os fatos denunciados, mas que considera que a investigação deve ser conduzida pelo Ministério Público, pela Polícia Federal, pela Controladoria Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União.

“CPI é um instrumento poderoso de investigação que não pode ser banalizado e politizado”, argumentou o senador. “Se já em 2021 a CPI da pandemia aqui no Senado se transformou num mero palanque eleitoreiro onde o objetivo da maioria dos membros era apenas atacar o governo, (…) imagina o que aconteceria agora às vésperas das eleições”.

Contactados pelo Diário do Nordeste, os senadores Cid Gomes e Tasso Jereissati não comentaram a decisão de subscrever o requerimento para abertura da CPI até a publicação desta reportagem. Caso haja resposta, ela será acrescentada ao texto.

 

Fonte: Diário do Norderste

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