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Policiais aprendem português para enfrentar criminalidade brasileira no Japão
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“Treta”, “bagulho” e “mano” são algumas das gírias e expressões ensinadas a policiais japoneses que enfrentam a criminalidade brasileira no Japão. Segundo dados da Agência Nacional de Polícia, os brasileiros foram responsáveis por 1.619 crimes cometidos em 2014, 806 caso a menos do que em 2013. As autoridades acreditam que esta queda esteja relacionada à redução do número de brasileiros no país. Mais de 150 mil decasséguis retornaram ao Brasil desde a crise de 2008.


Polícia japonesa oferece aulas de português desde 2003. Foto: BBC
“Treta”, “bagulho” e “mano” são algumas das gírias e expressões ensinadas a policiais japoneses que enfrentam a criminalidade brasileira no Japão. Segundo dados da Agência Nacional de Polícia, os brasileiros foram responsáveis por 1.619 crimes cometidos em 2014, 806 caso a menos do que em 2013. As autoridades acreditam que esta queda esteja relacionada à redução do número de brasileiros no país. Mais de 150 mil decasséguis retornaram ao Brasil desde a crise de 2008.
O crime mais cometido por brasileiros no Japão é arrombamentos de veículos; foram 686 casos em 2014.
Por mais de uma década, os brasileiros ocuparam o segundo lugar no ranking de crimes cometidos por estrangeiros no Japão, atrás apenas dos chineses. Mas desde o ano passado, os vietnamitas passaram a ocupar a posição. Por causa desses números, a Academia Nacional de Polícia do Japão introduziu o ensino da língua portuguesa.
“Durante dois anos, de segunda a sexta, eles aprendem o nosso idioma, inclusive gírias e termos técnicos jurídicos”, conta à BBC Brasil o professor Miguel Kamiunten, que dá aulas para policiais japoneses.
“O objetivo é facilitar o trabalho comunitário em regiões com grande concentração de brasileiros, como passar informações, desenvolver ações de prevenção e dar orientações aos brasileiros”, explica.
Mas Kamiunten, que é brasileiro, também diz que as aulas foram implantadas por causa do alto índice de criminalidade entre os brasileiros que vivem no Japão. Até agora, cerca de 200 policiais já se formaram neste curso.
“Uma preocupação é não ensinar 100% a gramática, mas habilitar esses policiais a se comunicarem oralmente com os brasileiros, principalmente com os jovens”, conta.
As gírias, explica Kamiunten, servem para que os japoneses entendam a conversa caso os suspeitos comecem a falar somente em códigos. “Por isso, ensinamos também gestos e as abreviações mais usadas em mensagens instantâneas”, diz o professor.
Fonte: BBC
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