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Pacientes internados em nova onda da Covid-19 passam menos tempo ocupando leitos, diz secretária

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A quarta onda da Covid-19 já é uma realidade no Ceará, como confirmam as autoridades de saúde do Estado e do município de Fortaleza. Os casos confirmados cresceram cerca de 8 vezes entre os meses de maio e junho. Porém, a demanda por internações e o tempo de permanência dos pacientes nos hospitais têm feito o movimento contrário.

A médica infectologista Tânia Coelho, secretária executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional, informou na última quinta-feira (30) que os indivíduos que precisam de atendimento especializado, majoritariamente, ficam “pouco tempo” nas unidades de saúde.

Ela comunicou que há dois tipos de pacientes com maior necessidade de atenção especializada. “O que temos observado é que são pacientes que têm comorbidades – sempre é o paciente que mais complica -, e a maioria idosos”.

“Eles não estão evoluindo para necessidade de ventilação mecânica ou de suporte de oxigênio mais intenso, como o capacete Elmo. O que temos visto é que eles não têm demorado”

TÂNIA COELHO
Médica infectologista

A secretária executiva informou ainda não ser possível definir uma quantidade média de dias de ocupação de leitos, visto que o crescimento da demanda ainda é recente.

De acordo com boletins epidemiológicos da Pasta, o tempo médio de permanência em leitos subiu de 7,1 dias, em maio de 2020, para 13 dias ao longo de 2021. Neste ano, até meados de abril, a média de dias de internação diminuiu para 11 dias.

No entanto, há registro de pacientes que demoraram mais de 20 dias ou até meses para sair das unidades – segundo os registros, houve paciente com até 166 dias de internação.

Os dados dos boletins cearenses também corroboram os apontamentos de Tânia Coelho: até 22 de junho, das 5.424 internações por Covid causadora de síndrome respiratória aguda grave (Srag), 62% se concentrou nas faixas etárias acima de 60 anos.

Além disso, do total de hospitalizados:

1.710 (32,1%) apresentavam doença cardiovascular
1.157 (21,7%) diabetes
92 (1,7%) asma
263 (4,9%) doença renal crônica
280 (5,2%) doença neurológica
230 (4,3%) pneumopatias
238 (4,5%) eram imunodeprimidos
184 (3,4%) obesos
COVID INCIDENTAL
Mesmo com mais de 17 mil casos registrados neste mês de junho, houve apenas 12 óbitos por causa da doença. A secretária municipal de saúde de Fortaleza, Ana Estela Leite, destaca a importância da vacinação como motivadora de uma baixa letalidade, atualmente.

 

Fonte: Diário do Nordeste

 

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