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Número de cidades cearenses com baixa umidade do ar cresce em novo alerta do Inmet

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Um novo alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), emitido nesta sexta-feira (25), aponta que subiu de 134 para 163 o número de municípios cearenses classificados como “Perigo” e “Potencial Perigo” pela baixa umidade relativa do ar. A quantidade representa um aumento de 72,82% para 88,58% do território estadual. Este fenômeno traz riscos à saúde e aumentam as possibilidades de incêndios florestais. O aviso é válido até o próximo domingo (27), às 18h.

Apesar do aumento, os municípios em “Perigo”, quando a variação da umidade relativa do ar gira em torno de 12% a 20%, caiu de 68 municípios, no alerta de ontem, para 65, hoje. A área afetada está nas regiões do Sertão Central, no Sertão dos Inhamuns, Jaguaribe, Cariri e Centro-Sul.

Por outro lado, foi considerável o crescimento no número de municípios em alerta de “Potencial Perigo”, de ontem para hoje, saltando de 66 para 98. Nesta classificação, a umidade relativa do ar varia entre 20% a 30%. Além dos territórios do Sertão Central, Inhamuns, Jaguaribe, Norte e Noroeste cearenses, que apareceram no último boletim, agora também inclui parte da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

A gerente de meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Meiry Sakamoto, explica que as áreas do interior do Estado apresentam umidade relativa do ar mais baixa quando comparadas ao litoral devido à própria continentalidade, ou seja, a distância do oceano. “Além disso, contribuem as condições predominantemente mais secas do solo e da vegetação reduzindo a evapotranspiração para a atmosfera”, completou.

A meteorologista complementa que a faixa litorânea geralmente se apresenta mais úmida ao longo de todo o ano. “Isso acontece em virtude da umidade proveniente da evaporação da água oceânica, que é trazida para o continente pelos ventos”, acrescenta.

Cuidados

Com o tempo mais “seco”, o Corpo de Bombeiros alerta para o perigo das queimadas, sobretudo a prática de “brocar”, ainda muito comum no Interior do Estado pelos agricultores. “Quase todos (os incêndios) são de focos clandestinos e criminosos, pela ação do homem, destruindo a natureza, flora e fauna. O calor e os ventos tornam ainda fáceis de se alastrarem. A gente tem que trabalhar, além da questão educativa, a questão punitiva”, acredita o Tenente-coronel Nijair Araújo.

A baixa umidade do ar também pode causar problemas de saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. O alergologista e imunologista Cícero Inácio, aponta que é comum a secura das mucosas nasais, exacerbação de conjuntivites alérgicas, dermatite atópica, asma e rinite alérgica. Sua orientação é o consumo de líquido, “principalmente água”, enfatiza, e evitar exposição em horários mais quentes, das 10h às 16h, usar hidrante para a pele e, se possível, de algum tipo de umidificador de ambiente.

Cidades em “Perigo”

Abaiara; Acopiara; Aiuaba; Altaneira; Alto Santo; Antonina Do Norte; Araripe; Arneiroz; Assaré; Aurora; Baixio; Barbalha; Barro; Brejo Santo; Campos Sales; Caririaçu; Cariús; Catarina; Cedro; Crato; Deputado Irapuan Pinheiro; Ererê; Farias Brito; Granjeiro; Icó; Iguatu; Independência; Ipaumirim; Iracema; Jaguaretama; Jaguaribara; Jaguaribe; Jardim; Jati; Juazeiro Do Norte; Jucás; Lavras Da Mangabeira; Mauriti; Milagres; Milhã; Missão Velha; Mombaça; Nova Olinda; Novo Oriente; Orós; Parambu; Pedra Branca; Penaforte; Pereiro; Piquet Carneiro; Porteiras; Potengi; Potiretama; Quiterianópolis; Quixelô; Quixeramobim; Saboeiro; Salitre; Santana Do Cariri; Senador Pompeu; Solonópole; Tarrafas; Tauá; Umari; Várzea Alegre.

Fonte: Diário do Nordeste

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