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Mais de 237 fósseis apreendidos pela PF são devolvidos ao Cariri e ficarão em museu de Paleontologia

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A Polícia Federal realizou, nesta quarta-feira (18), a entrega de 237 de fósseis à Universidade Regional do Cariri (Urca), apreendidos na Operação Santana Raptor, realizada em outubro do ano passado, que investigou o comércio das peças originárias da Bacia Sedimentar do Araripe para pesquisadores brasileiros. Agora, o material fará parte do acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri.

Entre as peças entregues estão fósseis de aranhas, escorpiões, libélulas, plantas e até crânios de pterossauros. “Sem dúvidas, os mais importantes dessa coleção”, ressalta o paleontológico Álamo Feitosa, que comanda o Laboratório de Paleontologia da Urca.

Segundo ele, o material entregue “vai ajudar a acrescentar características que não tinham sido encontradas nas peças que serviram para descrição dessas espécies”, comemora. As peças são do período do Cretáceo Inferior, ocorrido entre 145 e 100,5 milhões de anos atrás.

MATERIAL ÚNICO NO PLANETA

Para o pesquisador, a apreensão dos fósseis e sua entrega para a Urca, além do ganho científico, representa um “golpe financeiro” no tráfico de fósseis. “Isso aqui envolve muito dinheiro”, diz. Além disso, Feitosa ressalta que a permanência das peças no Cariri ajudará na formação de novos cientistas: “É um material único em paleontologia no planeta”.

O diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, o professor Alysson Pinheiro, explica que as peças serão catalogadas e preparadas para estudos e, possivelmente, para a exposição.

Há, nelas, novidades científicas, coisas especiais. Animais raros. Estamos recebendo peças que, por pouco, a gente não teria conhecimento de suas existências”. Alysson Pinheiro, Diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens.

INVESTIGAÇÃO

Os fósseis entregues fazem parte de uma investigação que já dura três anos, feita pelo Ministério Público Federal.

De acordo com a denúncia acolhida pela Procuradoria da República de Juazeiro do Norte, o comércio se daria da seguinte forma: os trabalhadores das mineradoras, os chamados “peixeiros”, que realizam a extração do calcário laminado e eventualmente encontram fósseis, repassariam para os “atravessadores” que, em contato com os pesquisadores, entregariam as peças mais raras.

“Eles compraram dos peixeiros, pessoas que geralmente trabalham na mina. A maioria necessita de dinheiro, e quando se deparam com as peças, guardam. Acabam ganhando mais com os fósseis do que trabalhando nas minas”, explica a delegada da Polícia Federal Josefa Maria Lourenço da Silva.

Fonte: Diário do Nordeste

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