Economia

Juros ameaçam sonho da casa própria, já mercado de luxo segue aquecido

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Depois do aumento de um ponto percentual da taxa de juros, que chegou em maio a 12,75%, financiar um imóvel ficou bem mais caro. O problema da Selic nas alturas é que ao fim das parcelas pagas, o comprador terá pago pela casa própria um valor bem mais elevado do que o que ela realmente vale.

“Quando a Selic aumenta, o custo do financiamento cresce. Os benefícios da operação são reduzidos”, explica Renan Dias, fundador da consultoria financeira Oito Crédito Imobiliário.

Segundo o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e economista-chefe da G11 Finance Hugo Garbe, após a última alta dos juros, uma desaceleração no setor é esperada nos próximos meses. “Como grande parte do mercado imobiliário precisa de um financiamento, porque é uma compra de um bem com valor alto, esse segmento sofre com as altas taxas de juros. As pessoas começam a prorrogar suas decisões de compra e esperam uma Selic mais baixa”, afirma.

A compra de imóveis caiu em relação ao ano anterior. “Houve diversos aumentos nos juros desde o primeiro ocorrido em 2021, quando saiu de 2% para 12,75% em maio, ou seja, alta de praticamente 600%. Em contrapartida, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), o crédito imobiliário de recursos originados da poupança encerrou março com um volume de R$ 14,8 bilhões, montante 25,3% superior a fevereiro, mas 19,7% inferior ao mesmo período em 2021”, destaca Dias.

Nos primeiros meses de 2022, o crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança no Brasil somou R$14,8 bilhões, uma queda de 19,7%, segundo a entidade que representa as financiadoras do setor, Abecip.

Contudo, os juros altos e uma possível desaceleração no setor não dão índícios de que podem incomodar o mercado de imóveis de luxo. Esse setor específico teve um crescimento de 14% em relação a abril de 2021, segundo a pesquisa da agência Brain Inteligência Estratégica, que tem como foco a atuação no mercado imobiliário.

Fonte: R7

PODCAST MAIS SAÚDE – Edição de 19 de março, com Paulinho Neto

 

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