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IPCA fica em -0,29% em setembro, terceira deflação seguida, aponta IBGE

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O Brasil registrou deflação pelo terceiro mês consecutivo, algo que não era visto no país havia 24 anos. Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em -0,29%, conforme divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, desde 1998 o país não registrava três meses seguidos de deflação. Ele destacou que, naquele ano, isso também ocorreu no trimestre de julho, agosto e setembro.

Trata-se, no entanto, da maior deflação acumulada da séria histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 1980. De julho a setembro deste ano, o país acumula deflação de -1,32%, – em igual período de 1988, o acumulado foi de -0,85%.

A taxa de setembro, contudo, foi a menos intensa destes três meses de queda do indicador: em julho, ela ficou em -0,68%; e, em agosto, em -0,36%.

O indicador prévio, (IPCA-15), divulgado há duas semanas, já apontava que a taxa mensal viria no campo negativo, ao ficar em -0,37%.

No ano, a inflação acumulada até setembro é de 4,09% – e, nos últimos 12 meses, de 7,17% –, ainda bem acima da meta do governo para 2022.

Embora a deflação venha sendo provocada pelo preço da gasolina, menos produtos têm registrado aumento de preços. O índice de difusão do IPCA passou de 65% em agosto para 62% em setembro. Isso significa que, dos 379 produtos e serviços investigados pelo IBGE para composição do indicador, 234 tiveram alta na média de preços, 12 a menos que em agosto.

Segundo o gerente da pesquisa, foi o menor índice de difusão desde agosto de 2020, quando ficou em 55,4%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, quatro tiveram deflação em setembro, sendo a mais intensa observada no grupo Comunicação. No entanto, a do grupo Transportes, embora menos intensa, foi a que mais contribuiu para a queda do índice geral.

 

Fonte: G1

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