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Impasse de desapropriação impede conclusão de obra

[caption id="attachment_241" align="alignleft" width="600"]A pavimentação asfáltica está concluída, faltando apenas um trecho de 60 metros na rodovia que liga distritos de Várzea da Conceição e Lajedo FOTO: HONÓRIO BARBOSAA pavimentação asfáltica está concluída, faltando apenas um trecho de 60 metros na rodovia que liga distritos de Várzea da Conceição e Lajedo FOTO: HONÓRIO BARBOSA[/caption]A construção da rodovia asfaltada interligando os distritos de Várzea da Conceição e Lajedo à CE-153, na zona rural deste município, está paralisada em decorrência de um impasse surgido com um dos proprietários de terra onde a via deveria ter segmento, na localidade de Curralinho. A pavimentação asfáltica está concluída, faltando apenas um trecho de 60 metros. Quem segue na estrada deve tomar um desvio e os moradores temem que, com a chegada do período chuvoso, o trecho fique intransitável.

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A pavimentação asfáltica está concluída, faltando apenas um trecho de 60 metros na rodovia que liga distritos de Várzea da Conceição e Lajedo FOTO: HONÓRIO BARBOSA

A construção da rodovia asfaltada interligando os distritos de Várzea da Conceição e Lajedo à CE-153, na zona rural deste município, está paralisada em decorrência de um impasse surgido com um dos proprietários de terra onde a via deveria ter segmento, na localidade de Curralinho. A pavimentação asfáltica está concluída, faltando apenas um trecho de 60 metros. Quem segue na estrada deve tomar um desvio e os moradores temem que, com a chegada do período chuvoso, o trecho fique intransitável.

 

A rodovia representa um anseio da população dos distritos de Várzea Conceição e Lajedo. Cerca de 600 famílias serão beneficiadas diretamente com a obra. A construção começou em julho de 2011 e estava prevista para ser concluída neste mês.

A via seguiu um traçado novo, que em alguns pontos é diferente da antiga estrada de terra, com o objetivo de reduzir o trajeto inicial de nove quilômetros para 6,7Km. A obra está orçada em R$ 3,2 milhões.

Os moradores do distrito de Várzea da Conceição são os mais afetados porque têm de tomar o desvio para chegar à CE-153. “A população sente-se prejudicada porque se chover forte o trecho do desvio é de barro e vai ficar intransitável”, disse o ex-vereador, Maurício Sabino. “Esperamos que o governo conclua a obra o quanto antes”.

Além do trecho de 60 metros, falta apenas serviço de sinalização para conclusão da obra. O produtor rural, José Maria Bezerra, defende o novo trajeto da rodovia. “É uma linha reta em um trecho pequeno para ser concluído”, disse. “Outros proprietários já doaram parte de suas terras, pois a estrada vai trazer benefícios para todos”.

Segundo Bezerra, a construtora responsável pela obra, Silveira Sales, já tentou acordo com o proprietário do terreno, Edmar Ferreira Lima, e propôs a construção de um pequeno açude e de um bueiro para compensar a passagem da rodovia.

O agricultor Edmar Lima explicou que é contrário à passagem da rodovia em sua terra porque será prejudicado e defende que a construtora mantenha o trajeto original da antiga estrada de terra. “Essa via já tem mais de 40 anos e sempre os carros passaram sem problemas”, disse. “Não aceito que a estrada passe sobre minhas terras porque tenho um pequeno sítio, uma plantação de capim que vai ficar do outro lado da pista e será ruim para atravessar com carga e animais”, justifica.

Edmar Lima contou que, no início da obra, houve medições e serviços de topografia segundo o trajeto antigo. “Depois de reuniões realizadas na Várzea da Conceição surgiu essa ideia de fazer a estrada em linha reta por dentro da minha propriedade”, frisou. “Não sei por que mudaram de ideia”.

O filho, Eudimar Mariano Ferreira, disse que a rodovia vai trazer benefício para todos, mas discorda do novo traçado. “Se a estrada passar nas nossas terras vai acabar com a nossa roça e vamos viver de quê?”, indagou. “Os outros serão beneficiados e nós seremos prejudicados”.

A assessoria de Comunicação do Departamento Estadual de Rodovias (DER) limitou-se a esclarecer que o órgão está tentando manter um acordo com o proprietário da área.

O início dessa obra foi marcado por polêmica entre a Prefeitura de Cedro e o Governo do Estado. Na época, o município alegou algumas irregularidades, como a falta de licença de operação da Semace, de alvará municipal e recolhimento de ISS, e ainda que o trecho seria de uma estrada vicinal pertencente ao município.

O DER esclareceu que o trecho está no Mapa Rodoviário do Ceará e tratava-se de uma rodovia implantada.

Mais informações

Departamento Estadual de Rodovias (DER)

Av. Godofredo Maciel,3000

Maraponga, Fortaleza

Fone: (85) 3101. 5788

Fonte: Diario do Nordeste

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