O turista estrangeiro que quiser utilizar a tecnologia 4G durante a Copa do Mundo de 2014 terá que comprar um aparelho no Brasil. O motivo é que os sistemas 4G, de transmissão de dados por telefonia celular mais rápido que a atual de 3G, utilizados nos Estados Unidos, Europa ou em outros países, são diferentes do sistema brasileiro.
A informação é do presidente da Empresa de Tecnologia da Informação (Etice), Fernando Carvalho, que, ontem, apresentou uma alternativa ao 4G à comissão do Plano Operacional da Copa das Confederações, que esteve em Fortaleza, avaliando as pendências e constatando as soluções.
A alternativa que estará disponível será a da internet livre (wi-fi) nas áreas turísticas de Fortaleza, na Arena Castelão, nos ônibus que darão acesso ao estádio, no VLT (veículo leve sobre trilhos) e na orla de Fortaleza, da Praia de Iracema a Praia do Futuro. “Até o Beach Park poderá ter cobertura. É o que está previsto no projeto que deverá disponibilizar 500 pontos de acesso até a Copa das Confederações”, afirma Carvalho.
Os celulares que estão sendo fabricados para utilizar 4G obedecem a frequência disponibilizada para cada país. No Brasil ela é de 2,5 gigahertz, que não é a mesma dos outros países. Por isso, quem vem de fora não conseguirá usar os aparelhos, segundo Carvalho, nem na Copa das Confederações nem na de 2014.
A wi-fi, instalada em Fortaleza na rede de fibra óptica do Estado foi, então, apresentada como solução. “Estamos a três meses da Copa das Confederações e ainda não tem demanda para 4G porque não existem aparelhos efetivamente operando, nem sinal em Fortaleza ou no Brasil”, afirma o titular da Etice.
Antenas 4G
Outro impedimento para que a tecnologia esteja disponível são os licenciamentos para instalação das torres e o curto prazo para que isso ocorra. “Todas devem ser licenciadas mas há leis municipais para definir sua distribuição e já está muito em cima para fazer a distribuição das antenas”, explica Fernando Carvalho.
Mas como a tecnologia é nova, pode ser que alguma operadora ofereça 4G a tempo para a Copa das Confederações, mas Carvalho acredita que pouca gente estará usando os novos aparelhos. “Acredito que a demora na transição para esta tecnologia será parecida com a que foi experimentada no uso dos aparelhos analógicos para os digitais”, avalia Carvalho.
Outro problema com o 4G, segundo o especialista, é que o sistema precisa quatro vezes mais antena que o 3G. Por isso, a solução do wi-fi se tornou a melhor no momento. Com ela, o usuário ao chegar no aeroporto, por exemplo, se cadastra e acessa uma única vez. Daí em diante ele não precisará mais efetuar login e senha. serão 500 pontos de acesso na cidade. (Rebecca Fontes )
ENTENDA A NOTÍCIA
A Comissão do Plano Operacional é formada pelos Ministérios dos Esportes e das Comunicações, Telebrás, operadoras de celular, secretarias do Esporte do Estado e município de Fortaleza
Fonte: O Povo