Brasil
Governo busca expandir ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou nesta quarta-feira (6) que o governo busca ampliar o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, conforme a Lei 10.639/03, que, apesar de aprovada há 21 anos, ainda enfrenta desafios. Segundo ela, apenas 17% das escolas cumprem a legislação.
“Apagar essa parte da história é cruel com o povo negro”, afirmou Anielle no programa. Ela ressaltou o empenho do ministro da Educação, Camilo Santana, para garantir a aplicação da lei, embora estudos mostrem que, em algumas regiões, a implementação seja ainda menor.
Anielle também comentou o tema da redação do Enem deste ano, “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”, destacando que ele dá visibilidade à luta do ministério e dos movimentos negros. Ela relatou ainda sua experiência como professora, quando muitas vezes precisou buscar imagens de pessoas negras para enriquecer o conteúdo didático.
O governo lançou o programa Caminhos Amefricanos, que promove intercâmbio entre docentes e estudantes de países latino-americanos e africanos. Em 21 de novembro, será a formatura da primeira turma de 150 professores que participaram do programa, com novos editais previstos para o próximo ano.
Durante o mês da Consciência Negra, Anielle falou sobre as ações do ministério, como a aceleração da titulação de terras quilombolas e o combate à violência política de gênero e raça. O ministério também lançará um edital de R$ 30 milhões, em parceria com o BNDES, para fortalecer quilombos da Amazônia.
No próximo 20 de novembro, será comemorado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, agora feriado, em memória ao líder do Quilombo dos Palmares.