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Exposição à luz de celulares pode acelerar processo de envelhecimento, diz estudo

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Atividades tão comuns no dia a dia da população, como ver televisão, usar o celular e trabalhar de frente para o computador, podem acelerar o envelhecimento. A constatação foi descoberta em um estudo feito por cientistas da Oregon State University. O aparecimento acelerado das rugas tem origem na luz azul desses dispositivos. O estudo foi publicado na Revista Frontiers in Aging.

Para realizar esta pesquisa, foram colocadas moscas por 14 dias sob a luz azul semelhante a de celulares. Ao fim do período, os insetos apresentaram envelhecimento celular. Os colaboradores do estudo acreditam que o mesmo processo pode ocorrer simultaneamente em várias células do corpo humano. As informações são do O GLOBO.

O líder do estudo e pesquisador do OSU College of Science, Jaga Giebultowicz, explica que há preocupações de que a exposição prolongada à luz artificial, especialmente à luz LED enriquecida com azul, possa ser prejudicial à saúde humana. “Embora os efeitos completos da exposição à luz azul ao longo da vida ainda não sejam conhecidos em humanos, o envelhecimento acelerado observado em organismos modelo de vida curta deve nos alertar para o potencial de dano celular”.

No estudo, as moscas foram divididas em dois grupos, um sob efeito constante da luz e outro deixado em um local sem iluminação. No fim do experimento, os insetos foram mortos e tiveram seu material analisado.

As moscas expostas à luz apresentaram níveis mais altos do succinato químico, o que aponta prejuízo na produção de energia. Elas também tinham níveis mais baixos de glutamato, que segundo os estudiosos significa o início da neurodegeneração.

Além disso, notou-se que eles liberaram genes para combater o estresse, consequência do tempo sob exposição da luz azul. Essas alterações sugerem que a atividade celular passa a operar abaixo do normal, o que pode causar a morte prematura da célula.

Já as moscas que ficaram no escuro tendem a viver por mais tempo. O estudo utilizou a luz azul de forma mais intensa do que a realidade, por 14 dias sem interrupção. Em função disso, novas pesquisas estão previstas para entender como acontece no caso das células humanas. A ideia é analisar as semelhanças, principalmente em relação a mudanças observadas nos metabólitos envolvidos na produção de energia quando exposto a luz azul.

Fonte: Opovo

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