Automobilismo

Eternizado em narrações de vitórias de Senna, Mihaly Hidasy morre aos 74

[caption id="attachment_5066" align="alignleft" width="600"]Mihaly Hidasy, diretor de provas do GP do Brasil de 1991 ayrton senna (Foto: Arquivo Pessoal)Mihaly Hidasy, diretor de provas do GP do Brasil de 1991 ayrton senna (Foto: Arquivo Pessoal)[/caption]Húngaro naturalizado brasileiro foi diretor de prova do GP do Brasil por 18 anos e se manteve em contato com automobilismo por toda a vida

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Mihaly Hidasy, diretor de provas do GP do Brasil de 1991 ayrton senna (Foto: Arquivo Pessoal)

Húngaro naturalizado brasileiro foi diretor de prova do GP do Brasil por 18 anos e se manteve em contato com automobilismo por toda a vida

Os fãs do automobilismo com seus 20 e poucos anos de idade certamente já ouviram falar nesse nome: Mihaly Hidasy. Competente diretor de provas do GP do Brasil de Fórmula 1 por 18 anos, o húngaro viu seu nome cair na boca do povo na emocionante narração de Galvão Bueno na bandeirada final para a primeira vitória de Ayrton Senna em Interlagos, em 1991 (relembre). Aos 74 anos, Mihaly morreu na madrugada desta sexta-feira, em Volta Redonda/RJ, cidade onde morava, vítima de infarto, após ser hospitalizado por passar mal na noite do dia anterior. O enterro será nesta sexta-feira, às 16h, no Portal da Saudade, Rodovia Tancredo Neves, 1707, Volta Redonda/RJ.

Nascido em Budapeste em 1938, Mihaly Hidasy chegou ao Brasil aos 19 anos, meses após deixar o país natal em razão dos conflitos da Revolução da Hungria, em 1956. Naturalizado brasileiro, ele tinha grande identificação com o país que o acolheu. Dentre seus maiores orgulhos estava ter dado a bandeirada para as duas únicas vitórias de Ayrton Senna no país, em 1991 e 1993, e para o segundo triunfo de Nelson Piquet, em 1986. Em entrevista ao Globoesporte.com em 2011, Mihaly contou diversas histórias curiosas de Senna, com quem construiu grande amizade.

A entrada no automobilismo foi no início da década de 1970. De espectador, Mihaly passou a patrocinar, através de sua empresa de lubrificantes, uma equipe de kart na época. Anos depois, parou com o patrocínio e começou a organizar corridas de kart. Seu envolvimento com o automobilismo foi crescendo gradativamente com o tempo. Participou da reinauguração do autódromo do Rio de Janeiro, foi chefe de boxe e depois diretor de prova de grandes competições até ser convidado para trabalhar na Fórmula 1 na década de 1970.

Vida dedicada ao automobilismo

Mihaly começou como comissário e chefe de boxe do GP do Brasil. Depois de dois anos se tornou diretor adjunto e, na sequência, foi efetivado a diretor de prova, função que exerceu por 18 anos. Ele também participou efetivamente da construção do circuito de Hungaroring, em sua terra natal, onde trabalhou como diretor de competições e comissário desportivo por dez GPs.

Após deixar a Fórmula 1, Mihaly não se afastou do automobilismo, sua grande paixão. Em 2009, participou da direção de prova do Mundial de Kart amador realizado em Macaé, RJ. No ano seguinte, se mudou para Volta Redonda para ficar próximo dos filhos e dos netos, dirigindo, eventualmente, competições no kartódromo da cidade. Seu último trabalho foi em maio, à frente da Copa Brasil de Kart Indoor, competição amadora de kart.

Fonte: Globo Esporte

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