Ceará

Estudo da UFC descobre que ácido contido no café e do feijão verde pode prevenir déficits de memória

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Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) revelou que um ácido presente em diversos alimentos, como café e feijão verde, pode prevenir déficits de memória. Esse ácido, conhecido como ácido clorogênico, também é encontrado em frutas cítricas e é um polifenol com comprovadas propriedades neuroprotetoras, antioxidantes e anti-inflamatórias.

No Brasil, mais de um milhão de pessoas vivem com a doença de Alzheimer, um transtorno que registra cerca de 100 mil novos casos anualmente, segundo o Ministério da Saúde. Os pesquisadores da UFC decidiram investigar se o ácido clorogênico poderia atenuar os efeitos da doença. Para isso, induziram sintomas da doença em camundongos e testaram o tratamento com o ácido.

Os resultados mostraram que a substância protegeu os camundongos da morte neuronal, reduziu a neuroinflamação associada à doença e aumentou o fator de crescimento de uma proteína crucial para o desenvolvimento, crescimento e manutenção dos neurônios.

A pesquisa sugere que o ácido clorogênico pode ser utilizado como um tratamento complementar à terapia padrão, com o objetivo de reduzir a dosagem ou os efeitos colaterais.

“A terapia adjuvante também visa atuar em outras vias relacionadas à doença. No caso do Alzheimer, o tratamento com o ácido poderia diminuir a neuroinflamação, reduzir o estresse oxidativo e melhorar a sinalização da insulina, mitigando o processo de morte neuronal que acompanha a doença”, explica Jéssica Rabelo Bezerra, autora da tese de doutorado em Farmacologia que fundamentou o estudo.

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