Ceará

Entrega lenta de milho gera irritação

[caption id="attachment_4473" align="alignleft" width="369"]Iguatu é polo de distribuição para seis municípios do Centro-Sul e nove da região Jaguaribana FOTO: ALEX PIMENTELIguatu é polo de distribuição para seis municípios do Centro-Sul e nove da região Jaguaribana FOTO: ALEX PIMENTEL[/caption]Cresce a cada dia a cobrança por parte dos produtores rurais da região Centro-Sul e Jaguaribana para o recebimento de milho doado pelo governo federal ao governo do Estado. Algumas cidades já foram atendidas com a distribuição dos grãos, mas a maioria dos municípios do Ceará ainda aguarda a primeira remessa por via ferroviária e rodoviária.

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Iguatu é polo de distribuição para seis municípios do Centro-Sul e nove da região Jaguaribana FOTO: ALEX PIMENTEL

Cresce a cada dia a cobrança por parte dos produtores rurais da região Centro-Sul e Jaguaribana para o recebimento de milho doado pelo governo federal ao governo do Estado. Algumas cidades já foram atendidas com a distribuição dos grãos, mas a maioria dos municípios do Ceará ainda aguarda a primeira remessa por via ferroviária e rodoviária.

O atraso seria decorrente da precariedade da linha férrea, que obriga o trem a trafegar em média a 10km por hora. Além do atraso, a distribuição é feita parcialmente. A demanda de Iguatu para atender 436 produtores rurais cadastrados é de 531 toneladas de milho, mas nessa primeira remessa prevista para chegar na próxima sexta-feira somente serão entregues 158 toneladas. Para as demais cidades da região Centro-Sul e Jaguaribana ainda não há previsão de entrega.

Pagamento antecipado

O escritório da Ematerce, em Iguatu, recebe diariamente cobrança dos produtores rurais que já se cadastraram e efetuaram o pagamento referente às suas quotas. “A cobrança é diária e crescente”, disse o coordenador local da Ematerce, Erivaldo Barbosa. “Os produtores estão apreensivos e querem saber quando o milho vai chegar, mas a gente esclarece que todos vão receber”, ressaltou.

O produtor rural, Luis Ernani Gonçalves, reclamou contra a demora na distribuição dos grãos. “Todos nós já pagamos o boleto e o milho já foi entregue no Porto do Pecém, mas está demorando chegar às cidades do Interior”, disse. “O milho vendido pela Conab é insuficiente para atender a demanda”. Gonçalves necessita de uma cota de 110 sacas de 60 quilos mensalmente. No distrito de José Alencar, os criadores aguardam com expectativa a chegada do milho. “A gente pagou antecipado e nada do produto ser entregue”, disse o produtor rural, Francisco Araújo. Os agricultores aguardam a distribuição dos grãos para o início de preparo da ração para o gado.

O milho é misturado com soja e volumoso (capim) para alimentação dos bovinos. O criador Léo Costa também reclamou da entrega parcial. “A minha cota é de 211 sacas, mas nessa primeira remessa somente vamos receber 45 sacas”, observou. “É uma quantidade insuficiente para a nossa necessidade”. O grito dos criadores é geral no Interior do Ceará. “A situação não está mais grave porque as chuvas registradas em maio e junho trouxeram uma trégua para o setor pecuário, pois a pastagem nativa brotou em demasia”, disse Barbosa.

A distribuição das 30 toneladas de milho doadas pelo governo federal ao Ceará é feita pelas Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa), Ematerce, Prefeituras e a Logística Transnordestina. A previsão era de que no fim da tarde de ontem, o trem chegaria à cidade de Quixadá e hoje em Senador Pompeu. Depois de desembarcar nas estações ferroviárias, o transporte para algumas cidades é por via rodoviária.

Fonte: Diario do Nordeste

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