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Entre Olhares: Ilusão de Óptica

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Por estes dias recebi uma mensagem via wats do filósofo e sociólogo, mestre em Sociologia, Áureo João, que afirma textualmente:”o lema de combate à corrupção, colocado na pauta da agenda político-midiática pelos grandes grupos político-econômicos e judiciário, e acolhidos por grandes massas da população, é uma ilusão de óptica, é uma miragem, um falso dilema, uma falácia”. A princípio, “choquei!”. Aos poucos fui entendendo as palavras de Áureo João.

1º. Precisamos entender que vivemos numa sociedade cujo modo de produção de riqueza dessa sociedade se chama CAPITALISMO. Quer dizer: tudo tem um ou mais donos. Entendendo isso, podemos perceber então que esta sociedade é formada por duas CLASSES SOCIAIS: a classe dos donos dos meios de produzir a riqueza dessa sociedade; e a classe daqueles que só são donos de uma e única coisa: A SUA FORÇA DE TRABALHO, ou seja, a CLASSE TRABALHADORA.

Essas duas classes vivem eternamente em luta. Na Grécia Antiga, no tempo de Platão, acreditava-se que “a vida virtuosa, de um homem de qualidade, deve ser ociosa, …, apenas esses homens ociosos merecem ser cidadãos por inteiro, pois não se pode praticar a virtude levando-se uma vida de operário ou de trabalhador braçal” (TOMAZI, 2013). É óbvio que esse pensamento platônico está eivado de profundo pensamento filosófico. Contudo, a tupiniquim CLASSE DOMINANTE brasileira tem esse pensamento ao pé da letra.

Em seu texto Áureo João afirma que “a população deseja uma coisa, mas os grandes promotores desejam outro objetivo, outra meta. A campanha de combate à corrupção é apenas um fator real capaz de incendiar indignação em toda a população e elemento palpável capaz de aglutinar grandes mobilizações de massa, ocupar a massa midiática e institucional. É causa de superfície; importante, mas não é a questão focal última”.

2º. O quê meu Áureo interlocutor está querendo dizer? Simplesmente a Classe Dominante tupiniquim forjou um falso projeto moralizante, tendo como ator principal o Juiz Sérgio Moro, idealizado como um verdadeiro “Sassá Mutema”, “Caçador de Androides”, que sensibilizou e mobilizou o país inteiro entorno deste falso projeto, colocando no papel de “Androides” a serem caçados os principais atores sociais interlocutores da CLASSE TRABALHADORA e, para cortina de fumaça, os maus políticos do Brasil.

E qual é o verdadeiro projeto da CLASSE DOMINANTE tupiniquim? Volto ao Áureo sociólogo: “eu penso que seja a CLASSE TRABALHADORA como agente subjetivo e real, portador de energia capaz de gerar rupturas na ordem e transformador da sociedade. O alvo focal último é a capacidade da Classe Trabalhadora, em potência e em movimento, de mudar os rumos políticos preestabelecidos por grandes grupos político-econômicos e midiáticos”.

3º. Concordo plenamente com o Áureo!!! Senão vejamos: Reforma da Educação; Reforma da Previdência; Terceirização. A quem estes golpes atingem mortalmente? Á CLASSE TRABALHADORA. Tomazi (2013) afirma que “ o modo como a pessoa vive determina como ela pensa, …, se relacionar em sociedade trabalhando, aprendendo, construindo e inovando é uma característica fundamental do SER HUMANO”. As “Reformas Temerosas” não atingem LULA, DILMA, Pt, AÉCIO e, menos ainda, corruptos e corruptores da falácia LAVA JATO.

Entendam, por tanto, que a CLASSE DOMINANTE tupiniquim tem um projeto maior e mais obscuro que é de cada vez mais subjugar a CLASSE TRABALHADORA. Executar este projeto sem uma “cortina de fumaça”, seria desastroso ou até mesmo suicida. Precisou-se então criar um fantasmagórico cenário de anti corrupção para poder então implantá-lo, sem rupturas drásticas e traumáticas para os DOMINANTES.

Concluo citando o delator da ODEBRECHT: “tudo isso já existia há mais de 30 anos…”.

*Por Lucio José de Oliveira Oliveira

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