Iguatu

Em reunião tensa comissão gestora do Trussu aprova vazão de 400l/s

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Na manhã desta quarta-feira, após uma reunião tensa, com bate-boca e debate acirrado, foi aprovada o ajuste da vazão da válvula do Açude Roberto Costa, o Trussu, para 400 litros por segundo até o final de dezembro, quando será feita uma nova avaliação para definir as medidas. O objetivo é garantir que o reservatório mantenha níveis compatíveis com o abastecimento das cidades de Iguatu, Acopiara e Quixelô, além de reduzir o prejuízo causado aos produtores rurais.

A vazão havia sido reduzida para 200 litros por segundo em uma recente votação que terminou com agrigultores protestando em relação ao resultado.
Júnior Tomás, presidente do Sindicato da Agricultura Familiar de Iguatu comemorou a nova vazão. Segundo ele, com a vazão de 200 l/s os principais prejudicados eram os pequenos agricultores. “A gente sabe que o grande produtor pode cavar poços e passar sem essa água, mas e os pais de família que dependem do Trussu para irrigar sua pequena lavoura? São esses que além de garantir o sustento da família botam comida na boca da população de Iguatu, com a feira de sábado. Essa votação ‘matava’ a gente que depende dessa água”, afirmou.
A reunião extraordinária foi convocada por membros do comitê que gerencia o reservatório. Por consenso dos 17 membros presentes se determinou uma vazão de 500 litros por segundo durante os próximos dias para restaurar o volume do Riacho Trussu, onde já estavam sendo encontrados peixes mortos pela falta de oxigenação da água. Na próxima segunda-feira, 16, a vazão volta aos 400l/s.
Drama dos pequenos agricultores
Ainda na votação que definiu a menor vazão os protestos dos pequenos agricultores provocaram comoção, com alguns indo às lágrimas. Após essa reunião houve uma mobilização para que os valores fossem revistos. Segundo a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos, COGERH, as previsões aponta que a vazão de 400 l/s ainda preserva os recursos do reservatório. Com a menor vazão se tornava impossível a captação de água para os pequenos agricultores do vale do Trussu. Segundo dados da COGERH, o atual volume garante, sem riscos de falta d’água, uma vazão de até 700l/s.
Morte de peixes
Com a redução da vazão o Riacho Trussu deixou de correr, o que acarretou a morte de muitos peixes por baixa oxigenação das águas. Em regiões como Barra e Gameleira era possível ver inúmeros peixes mortos e outros tentando respirar o ar atmosférico.

 

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