Ceará

Em dias com fiscalização suspensa, mortes em BRs cresceram 39,4%

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Entre 1º de julho e 15 de agosto, quando as ações ostensivas e de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram suspensas, 23 pessoas morreram em estradas federais no Estado. Atividades já foram retomadas.

A suspensão por 46 dias das ações de policiamento ostensivo e de fiscalização pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em razão do contingenciamento orçamentário imposto pelo Governo Federal, resultou no aumento de 39,4% de mortes nas BRs que passam pelo Ceará. Além disso, as infrações de trânsito por excesso de velocidade, flagradas por radares móveis, diminuíram 90%. As estatísticas são da própria PRF, que já retomou as atividades.

Segundo o chefe de Policiamento do órgão no Estado, Ricardo Araújo, o intervalo entre 1º de julho e 15 de agosto (período do contingenciamento de verbas) foi comparado com uma média dos registros do primeiro semestre, que foram divididos por 46. “Era a maneira mais justa de fazer tal comparação. Ou seja, a cada 46 dias do primeiro semestre, 16 pessoas morreram, enquanto outras 23 morreram no período do corte”, explica.

Já os registros de veículos transitando acima da velocidade permitida caíram de 36.557 para 3.650. “É importante frisar que, não necessariamente, esse seja o número de multas aplicadas. Essa é a quantidade de infrações registradas pelos radares. O equipamento registra, mas a imagem ainda passa por três profissionais diferentes, que analisam cada caso. E muitas vezes a placa está ilegível ou é clonada, por exemplo. Somente após a triagem a multa é aplicada. O processo leva cerca de 30 dias”, detalha.

Araújo acredita que as alterações são “reflexos” diretos da falta de fiscalização no período. “A ação da PRF, nos locais de trânsito em alta velocidade, locais estratégicos de ultrapassagem, coíbe esse tipo de ação. A simples presença de uma viatura na estrada inibe o ímpeto dos motoristas. O risco de acidente é menor”. O período ocorreu no início das férias, quando as rodovias ficam mais movimentadas.

Fonte: O Povo

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