Política

ELEIÇÕES: Cientistas políticos analisam pesquisa Datafolha desta segunda-feira

Analistas políticos veem com ressalvas a primeira pesquisa de intenções de votos feita depois da morte do ex-governador Eduardo Campos, candidato do PSB. No levantamento divulgado pelo Datafolha, nesta segunda-feira, a presidente Dilma, candidata a reeleição pelo (PT), aparece com 36% das intenções de votos, Marina Silva com 21% e Aécio Neves (PSDB). Para o cientista político, Leonardo Barreto, a pesquisa está contaminada por um sentimento de emoção causado pela morte de Eduardo Campos.  Ele acredita que o apelo emocional pode alavancar a campanha de Marina Silva, mas que não é suficiente para sustentá-la até outubro.

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Analistas políticos veem com ressalvas a primeira pesquisa de intenções de votos feita depois da morte do ex-governador Eduardo Campos, candidato do PSB. No levantamento divulgado pelo Datafolha, nesta segunda-feira, a presidente Dilma, candidata a reeleição pelo (PT), aparece com 36% das intenções de votos, Marina Silva com 21% e Aécio Neves (PSDB). Para o cientista político, Leonardo Barreto, a pesquisa está contaminada por um sentimento de emoção causado pela morte de Eduardo Campos.  Ele acredita que o apelo emocional pode alavancar a campanha de Marina Silva, mas que não é suficiente para sustentá-la até outubro.

 

“Eu acho que essa condição emocional, ela serve para dar um bom ponto de saída para a Marina Silva mas para que isso se sustente, ou pra que ela cresça até o final do processo eleitoral ela vai precisar dar resposta  aos problemas reais das pessoas. O eleitor brasileiro já demonstrou mais de uma vez que ele é  racional. Que ele vota com o bolso, que ele vota com a cabeça. Então, pra que ela se viabilize, ela vai ter que ir além da comoção criada em torno do Eduardo Campos e falar sobre questões de economia, questões de emprego com as pessoas. De uma maneira que elas sintam confiança na sua capacidade de liderança”.

Já para o cientista político, Antônio Augusto Campos, o resultado da pesquisa era previsível, já que Marina Silva reassume o posto de candidata. Ele lembra que o índice divulgado pelo levantamento se aproxima dos 19,33% de votos alcançados por ela nas eleições de 2010.  Antônio Augusto destaca que a possível candidata do PSB deverá adotar uma nova estratégia de campanha e o apelo emocional  vai ser uma das principais ferramentas para conquistar eleitores.  De acordo com o cientista político a nova tática pode favorecer Marina Silva.

“Então, ela vai dar um conteúdo muito emocional a essa campanha, e isso a favorece, e muito. Por que deixa de se debater programas, e ao debater programas ela é extremamente frágil. Por que todo programa dela construído a partir de princípios e não se governa  com princípios. Se governa com programas efetivos que se pressupõe medidas que nem sempre coincidem com princípios que norteiam essa medida.  Então, se continuar num caráter emocional, a possibilidade de que ela seja candidata ao segundo turno no lugar no Aécio Neves é muito grande”.

 O primeiro programa eleitoral do PSB vai homenagear o ex-governador Eduardo Campos sem apresentar a ex-ministra Marina Silva como candidata à Presidência.  A propaganda eleitoral em rádio e TV começa nesta terça-feira.

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