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ECONOMIA: IBGE aponta desemprego recorde em 2016

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O número de brasileiros que não têm emprego aumentou. Nesta terça-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Mensal. Os dados mostram que o desemprego chegou a 11,2% no país, número recorde desde que a serie foi iniciada, em 2012. A pesquisa se refere ao período de fevereiro a abril deste ano.

O IBGE estima que o número de pessoas desocupadas é de 11 milhões e 400 mil, o que representa um aumento de cerca de três milhões e 400 mil pessoas em relação ao período de fevereiro a abril do ano passado. O economista e conselheiro do Conselho Federal de Economia Fernando Aquino informa que a indústria de transformação foi o setor mais afetado pelas demissões no trimestre encerrado em abril, também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Ele usa como exemplo a indústria de alimentos para explicar que o ciclo do desemprego é como uma bola de neve que vai se expandindo para outros setores.

“Quando você tem esse problema de desemprego na indústria, isso dissemina para outros setores. Quer dizer, os trabalhadores ficam desempregados, a indústria alimentícia vende menos, você vai desempregar também na indústria de alimentos e por aí vai”.

O número de brasileiros desempregados é contado de duas formas. De acordo com Fernando Aquino, existem aquelas pessoas que foram demitidas e procuram empregos e as que acabaram de entrar para o mercado de trabalho e também esperam ser contratadas.

“Ele [o desemprego] vem de dois lugares, de duas fontes. Houve fechamento de vagas, um milhão e meio de vagas a menos. E, ao mesmo tempo, houve aumento de pessoas procurando emprego. Um milhão e meio foi desempregado e grande parte continua procurando emprego. Mas, além desse pessoal que ficou desempregado porque perdeu o emprego, entrou mais um milhão e oitocentas mil pessoas”.

Ainda segundo o IBGE, o número de trabalhadores com carteira assinada também diminuiu entre fevereiro e abril em comparação ao mesmo trimestre do ano passado. Em 2016, um milhão e meio de brasileiros a menos foram contratados com carteira assinada.

*Agência do Rádio

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