Iguatu

Durante o Natal, profissionais trabalham para garantir serviços

Published

on

Nem todo mundo pode curtir as noites de Natal ou Ano-novo em casa, ao lado da família e de amigos. Enquanto a maioria das pessoas vai aproveitar a ceia do Natal comemorado na segunda-feira (25) no aconchego de casa com a família, em festas ou restaurantes, outras seguiram com a obrigação de continuar trabalhando para assegurar serviços essenciais ao pleno gozo da comemoração.

A reportagem da Mais FM conheceu alguma dos profissionais que não descansaram para garantir o exercício de suas funções, vitais e de interesse público. A cozinheira Joilma Araújo, 37, mãe de dois filhos de 10 e 5 anos trabalhou até tarde no restaurante da qual desempenha suas funções, local acostumado receber confraternizações e famílias. “Natal é uma data de alegria. Já estou acostumada a trabalhar nesse período. Já são oito anos. Me conforto com a ideia que estou fazendo a felicidade de alguém com que ajudo a cozinhar”, disse.

Sem colegas de trabalho o vigia do Centro de Referencia e Assistência Social (CRAS II) e da Unidade de Semiliberdade, Lionete Possidônio, 49, intercala as comemorações de final de ano, mas esse ano de 2017 teve que abicar da primeira data. “Um ano sim outro não, tenho que tralhar no natal ou no ano novo. Esse ano será o Natal”, contou.  Marcado pelo isolamento e longos períodos de solidão a passagem do dia 25 é sempre desconfortante. “Não tenho ninguém pra dá o aperto de mão ou abraço. Mas estreito a relação mandado uma mensagem ou fazendo uma ligação. Não pode passar em branco”, resumiu o vigia que há 20 anos trabalha como vigilante.

Garçons, chefs, músicos e muitos outros profissionais também não cessarão as atividades a fim de proporcionar aquilo que a data necessita, bem como policiais, vigilantes, médicos, enfermeiros e bombeiros. Essa última profissão atenta à data considerada uma das mais difíceis no tema segurança. “A nossa profissão é carregada de imprevisibilidade. Não sabemos o que nos aguarda. Infelizmente o mais importante é o esquecido, que é Jesus Cristo, tornando período muito violento e cheia de ocorrências”,  afirmou o comandante do Grupamento do Corpo de Bombeiros de Iguatu, Tenente Coronel Nijair que contará com a escala de 10 militares trabalhando em regime de plantão.

Conforme o comandante entre um chamado e outro foi possível ter o ato singelo e fraterno de um abraço no colega de farda e ecoar nas paredes do quartel as felicitações natalinas. “Somos amigos. Apesar de existir a hierarquia na tropa, nossa relação transcende os muros do grupamento, já tenho quase 25 anos como bombeiro. Eu quero ir pra reserva e poder retornar ao quartel e encontrar irmãos sem nenhuma mágoa”, afirmou.

O espaço do terminal rodoviário seja em qual for o lugar é um eterno ambiente de despedidas, choros, corações partidos e de expectativa. O Senador Fernandes Távora de Iguatu não foge a regra, com cenas captadas por quem trabalha no local. Danúbio Justino, 27, fica no controle da catraca do embarque e desembarque e afirma que o sentimento de comoção, provocadas que as comemorações do final de ano da qual irá trabalhar em regime de plantão, se acentua ainda mais nesse mês. “Eu e meus colegas presenciamos direto o choro de alguns passageiros que se misturam com o sorriso. Daqueles que vão alegres encontrar um familiar na cidade destino, mas que ao mesmo tempo ficam tristes por deixar alguém. Confesso que acabo me contagiando com tudo isso”, disse.

EM ALTA

Sair da versão mobile