Política

Diretor clínico do HRI e vereadores discutem saúde local

Published

on

A sessão na Câmara Municipal dos Vereadores de Iguatu na última terça-feira, 23, contou a presença do diretor do clínico do Hospital Regional de Iguatu (HRI), Dr. Roberto Mendonça. O propósito da ocasião era esclarecer aos parlamentares os avanços e as carências do setor que compete ao administrador da unidade.

O também médico cirurgião avaliou sua inda ao legislativo. “Como diretor técnico é preciso entender que devemos estar abertos a todo e qualquer questionamento. Quando assumimos um desafio como esse [de ser diretor do HRI], entendemos que os anseios da população são maiores do que qualquer pensamento pessoal. Virà câmara é motivo de tranquilidade, pois posso exprimir e dirimir qualquer dúvida existente, seja de um parlamentar ou de um popular presente na plenária”, ponderou.

Conforme Dr. Roberto, a ideia além de esclarecer era de apresentar os avanços da direção geral, no âmbito financeira e de enfermagem. “Estamos trabalhando a cada dia e queremos preparar a unidade para as próximas gestõesque venham e tentem melhorar o que conseguimos”, declarou.

Com recursos de R$ 60 mil por mês para o setor de ortopedia, Dr. Roberto Mendonça disse que foi possível comemorar avanços na área que atende 10 municípios. “Com um trabalho dedicado, extinguimos uma fila que possuía nomes desde 2014 que aguardavam encaminhamentos.Claro que alguns deles recorreram a serviços particulares ou procuraram outros meios. Mas recebemos um número de 145 pacientes, esta fila está sendo vencida, e estamos trabalhando pra que ela não aumente. A ortopedia é a especialidade que tem menos recursos e mais demanda.Sabemos que o número de acidentes é constante, mas que conseguimos realizar mais de 140 cirurgias somente nesse ano. Pouco a pouco vamos zerando as filas”, pontuou.

Mortes de RN

O diretor comentou os casos que envolvem mortes de recém-nascidos – RN. Fato repercutido em debates na própria câmara e nas redes sociais. “São espaços de manifestações livres e não podemos impedir.Aqui estamos abertos a responder caso a caso das mortes. Principalmente aos vereadores de oposição que recebem essas informações de forma mais contundente de pessoas que estão chateadas com o hospital que não é perfeito, nunca vai ser. Assumimos esse desafio da unidade para tentar que ele seja o mais completo possível. Sabemos das nossas deficiências, e precisamos de recursos para abrir nossa UTI Neo Natal, e funcionamento pleno na nossa saúde básica, importante na condução do pré-natal. Precisamos entender que é um processo de melhora gradativa”, afirmou.

O diretor afirma que as mortes prematuras de bebes não se devem à negligência médica do hospital. “Não dá pra discutir isso. Os médicos, enfermeiros e profissionais fazem o melhor trabalho possível. Às vezes não tem como resolver. Apesar de colocarem a culpa no médico e no hospital, sabemos que não é. Existem casos que a morte vai ocorrer, não por culpa de alguém ou setor, mas pela gravidade de casos específicos, que aqui [na câmara] estive disponível pra esclarecer”, afirmou.

Política X Politicagem

O diretor falou do papel da política local para o melhor serviço ofertado na unidade.“A política é fundamental que ela seja bem executada.Nós precisamos de decisões e apoio político para o funcionamento pleno da unidade. Não precisamos de politicagem, que isso fique da porta do hospital para fora.Trabalhamos sem nos deter a esses detalhes de comentários que sabemos que tem interesses por trás, não cabe a nós que somos médicos entrarmos nesse mérito”, disse.

Bancadas

A ida do diretor à CMI gerou opiniões das bancadas oposicionista e situacionista da casa. O vereador e presidente da Câmara, Mário Rodrigues (PDT), que também compõe a base governista, disse que o convite partiu dos recentes debates entre os parlamentes em torno do principal equipamento de saúde da cidade. “O HRI, devido aos recentes acontecimentos, que ao meu ver foram isolados, e repercussão diante dos mesmos, convidamos o médico pra esclarecer, pois nada melhor do que a casa do povo para isso. O diretor teve três horas e ficou à vontade em responder, nada ficou a ser respondido,pois ele trouxe esclarecimentos técnicos”, avaliou.

Mário avalia ainda que houve mais avanços desde que o novo corpo clínico e a diretoria assumiram a unidade de saúde “É notório que houve avanços. Em 2016 eram 32 médicos, hoje são 52 médicos, avanços na humanização do atendimento, setor de pediatria funcionando junto com UTU. Claro que a necessidade é que haja mais avanços, mas já podemos celebrar esses passos iniciais”, ponderou.

O vereador e líder de oposição ao governo, Lindovan Oliveira (PSD),também avaliou a ida do médico à CMI.Ele disse não ter sido contemplado com alguma das respostas do convidado. “Não tiro o mérito do seu preparo em estar no cargo. Ele é conhecedor, é um técnico e cidadão humanizado, foi proveitosa a vinda dele. Mas alguns dosquestionamentos não foram comtemplados quanto às mortes de recém-nascidos”, disse.

Foi marcada uma audiência para a próxima quarta-feira (31) junto com defensores públicos que visitaram o hospital em novembro do ano passado, tendo como tema a atual situação do HRI, ocorra no final do mês.

Quinta-feira

Na sessão de quinta-feira, 25, foram votados sete projetos de lei, dentre eles o que autoriza o município a celebrar convênio com a União dos Dirigentes Municipais da Educação do Ceará, e com a FECCIC – Federação das Entidades Comunitárias do Município de Iguatu. Visando à realização do evento junino na cidade, foram celebrados ainda acordos com aAssociação Cultural Sol Nascente do Fomento, e Associação Cultural Fogo do Roçado.

Os projetosque denominam de Rua Francisco Fernandes da Silva (Tico da Construção) a Rua 01, do Bairro São Gabriel, o que Instituiu o Dia Municipal do Vigilante no calendário popular de Iguatu, como o dia 20 de junho de cada ano,e o que denomina de Maria Sinhá Neta (in memoriam) a Unidade de Saúde da Vila Estrada do Distrito de José de Alencar que se encontra em fase de construção, de autorias dos vereadores Antônio Baixinho (PSB), Marconi Filho (PROS) e Joaquim Ribeiro (PDT) respectivamente, passaram por unanimidade assim como os oriundos do poder executivo.

EM ALTA

Sair da versão mobile