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Cristiano Zanin vai ocupar vaga no STF

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Cristiano Zanin, advogado que defendeu o presidente Lula nos julgamentos da Lava-Jato, foi aprovado pelo Senado para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta pela aposentadoria de Ricardo Lewandowski. Ele recebeu 58 votos, com apenas 18 contrários, num sinal de que contou com apoio de parlamentares da oposição – a votação é secreta. Mais cedo, ele foi submetido a uma sabatina de sete horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na qual disse que sua atuação no Supremo não será subordinada “a quem quer que seja”, numa referência a Lula. Apesar da aproximação com senadores conservadores nas últimas semanas, Zanin disse “respeitar todas as formas de amor” e elogiou a decisão do Congresso de diferenciar usuários de drogas de traficantes. Ao fim da sabatina, sua aprovação recebeu 25 votos favoráveis na CCJ e cinco contrários.

Como era de se esperar, o grande embate da sabatina aconteceu entre Zanin e Sergio Moro (UB-PR), que foi juiz da Lava-Jato. O senador fez 14 perguntas, mais que todos os outros presentes. Entre elas, se o futuro ministro julgaria casos relativos à operação de Curitiba. Zanin respondeu que estava impedido de julgar processos nos quais tivesse atuado como advogado, mas deixou em aberto casos futuros. Como conta Bernardo Mello Franco, o duelo teve até fake news, quando Moro indagou se Zanin havia sido padrinho do casamento de Lula e da primeira-dama Janja. “Vi na internet. Não sei se é procedente ou não essa informação”, alegou Moro. A cerimônia, na verdade, não teve padrinhos ou madrinhas.

Com 47 anos, Zanin deve ocupar a vaga no STF até 2050, já que a lei determina a aposentadoria compulsória dos ministros aos 75 anos. A posse dele só deve acontecer em agosto, após o recesso judiciário, que começa no dia 3 de julho. Fontes do Supremo dizem que não haveria tempo hábil de organizar a posse antes.

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