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Crianças, genética e antiviral: incrível, há três notícias boas

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Parece bom demais para ser verdade e talvez até seja. Mas vale acompanhar esses desdobramentos.

1- Ninguém, ninguém mesmo, pode tomar decisões com base nisso, mas um estudo anunciado na Suíça mudou a orientação mais dolorosa dessa pandemia, a da separação permanente entre avós e netos pequenos.

Crianças com menos de dez anos podem ter contatos, sob a condição de que sejam rápidos e de preferência ao ar livre, com os avós em quarentena.

O motivo? “Crianças pequenas são raramente infectadas e não transmitem o vírus. Elas simplesmente não têm os receptores para pegar a doença”.

Se viesse de qualquer outro lugar, a mudança de orientação causaria revolta, inclusive em razão dos casos, felizmente poucos, de contágio de crianças depois que a epidemia se espalhou para fora da China.

Mas quem fez a declaração foi o diretor do departamento de doenças infecciosas do equivalente ao ministério da Saúde da Suíça, Daniel Koch.

A nova orientação, com a ressalva de que os avós não devem ficar tomando conta dos netos e nem ter contatos por períodos prolongados, foi tomada depois de consultas com especialistas de universidades de Zurique, Berna e Genebra, com base em estudo feito por epidemiologistas franceses.

Apesar da origem confiável, foi, obviamente contestada.

2- A Covid-19 começou como “vírus chinês”, depois virou “doença de branco” – os pavilhões de idosos moribundos na Itália retrataram dolorosamente esse momento – e depois passou a afetar, desproporcionalmente, minorias raciais nos países desenvolvidos.

Seria produto da discriminação, do padrão de vida e de saúde mais baixo ou até de atendimento inferior?

Nenhuma dessas causas pode ser eliminada, mas um estudo feito pelo King’s College identificou origens genéticas que influenciam o contágio e o nível de gravidade da infecção.

O estudo seguiu 2,7 milhões de pessoas que baixaram um aplicativo onde descrevem seus sintomas, mais uma pesquisa já existente com 2.600 gêmeos – o padrão ouro da influência genética.

Conclusão: os genes têm uma influência de cerca de 50% na gravidade de uma série de sintomas da doença, em especial delírio, febre, fadiga, falta de ar, diarreia e perda do olfato e do paladar.

3- Não existe bala de prata, mas o remdesivir, capa de VEJA desta semana, parece a coisa mais próxima disso no momento.

A Gilead, “mãe” do antiviral desenvolvido originalmente contra o ebola, divulgou um resultado muito mais positivo do que um estudo feito na China (e vazado por engano, causando muito ruído negativo).

De 397 pacientes em estado grave a ponto de exigir suplementação de oxigênio – mas não colocados em ventiladores mecânicos -, metade melhorou com dois regimes de tratamento com o antiviral (cinco e dez dias). Em duas semanas, receberam alta.

O remdesivir também aparece com grande destaque nas recomendações de uma espécie de força-tarefa de gênios, uma aliança entre especialistas de altíssima qualificação e bilionários americanos, noticiada pelo Wall Street Journal.

Fonte: Veja

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