Iguatu

Coluna Semanal: O perigo invisível (Parte 1)

Existe máxima preventiva que diz: “No trato com explosivos, normalmente só se erra uma vez.”; outro dito orienta que “ao lidar com materiais explosíveis não devemos dividir tarefas”… Mas o que isso teria a ver com o dia a dia do cidadão comum? Simples. Em nossos lares, todos os dias, temos um perigo invisível que nos ronda e que, potencialmente, pode nos afetar, se descuidarmos: o Gás Liquefeito de Petróleo – GLP (o conhecidíssimo gás de cozinha, que nos auxilia na cocção de alimentos, estando hoje presente e instalado em mais de 98% das residências brasileiras).

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Existe máxima preventiva que diz: “No trato com explosivos, normalmente só se erra uma vez.”; outro dito orienta que “ao lidar com materiais explosíveis não devemos dividir tarefas”… Mas o que isso teria a ver com o dia a dia do cidadão comum? Simples. Em nossos lares, todos os dias, temos um perigo invisível que nos ronda e que, potencialmente, pode nos afetar, se descuidarmos: o Gás Liquefeito de Petróleo – GLP (o conhecidíssimo gás de cozinha, que nos auxilia na cocção de alimentos, estando hoje presente e instalado em mais de 98% das residências brasileiras).

Nesta semana, em razão da constante solicitação feita por usuários ao Corpo de Bombeiros para o atendimento a ocorrências de vazamento de gás de cozinha, com ou sem fogo e, principalmente, em razão de recentes acidentes com vítimas fatais em alguns estados da Federação, inclusive no Ceará, iniciaremos pontuais esclarecimentos referentes ao GLP.

O GLP possui limites inferior e superior de explosividade. O que seria isso? Seria a faixa de concentração, expresso em percentagem de volume, do gás em relação ao ar, entre os quais a mistura pode ser considerada explosiva ou inflamável. Abaixo desse limite e acima dele, os riscos estariam controlados por estarmos diante de mistura (gás/ar) pobre e rica, respectivamente. Fora dos limites de explosividade, portanto, as substâncias não poderiam queimar nem explodir.

Certo, mas o que isso significa em termos práticos? Significa que o maior risco do GLP é o confinamento. Se o botijão estiver, por exemplo, embaixo da pia, protegido por armário, com a porta fechada, e houver vazamento, o gás liberado, facilmente, estará dentro dos limites ideais de explosividade. Dentro desse limite, o simples desligar/ligar de um interruptor de luz, ou o simples caminhar da senhora, dona de casa, poderia gerar a eletricidade estática necessária e suficiente para ensejar a detonação. Por isso, a dica de prevenção da primeira matéria da série o perigo invisível é:

EVITE ACONDICIONAR O GÁS DE COZINHA EM LOCAIS FECHADOS.

Até a próxima semana.

Nijair Araújo Pinto – Major QOBM

Comandante da 1ª Seção de Bombeiros do 4º GB/Iguatu

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