Ceará

Cearense coleciona caixas de fósforo há seis décadas

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Residente do bairro Serrinha, em Fortaleza, Anizio Araújo mantém um museu muito particular em sua própria casa, fruto de seu amor pelo colecionismo e por objetos que guardam memórias.

Atualmente, sua coleção se mistura com outras, adquiridas ao longo de mais de seis décadas de dedicação e entrega a essa paixão que tem peso, altura e qualidade. Não é qualquer caixa que Anizio guarda, não. Cada uma precisa ter autenticidade e cuidado. Precisa contar uma história. Isso está relacionado ao ofício de colecionador: mais do que quantidade, busca-se o original, o genuíno.

Não é por acaso que o cearense só adquire itens novos e, quando possível, selados. Esta última característica dialoga, inclusive, com outros tempos do comércio brasileiro. Segundo Anizio, antigamente os produtos saíam com selo fiscal, utilizado para cobrar impostos. O Imposto do Selo é o mais antigo do sistema fiscal português, criado por alvará de 24 de dezembro de 1660.

Esse imposto incidia sobre todos os atos, contratos, documentos, títulos, livros, papéis e artefatos previstos na tabela geral, incluindo transmissões gratuitas de bens. “Havia também o selo de consumo, colocado em tudo o que era produzido – desde uma caixa de fósforo ou maço de velas até uma aspirina. Quando você ia consumir o produto, rasgava o selo”, explica Anizio.

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