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Categorias filiadas à CUT realizam ato por campanha salarial unificada no dia 15

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A CUT realiza nesta terça-feira (15), na avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a partir das 9h, o primeiro ato unificado das categorias com campanhas salariais do segundo semestre. O mote é a “defesa da democracia, do emprego e do salário”.

O objetivo, explica o presidente da CUT, Vagner Freitas, é fortalecer as campanhas salariais, defender os empregos, a democracia e buscar saídas econômicas que protejam os trabalhadores e a Petrobras, estatal mais atacada por setores conservadores. “Sem democracia os trabalhadores não poderiam se organizar, revindicar e muito menos fazer manifestações nas ruas”, explica.

Segundo ele, os atos também vão demonstrar que “os trabalhadores organizados pela CUT não se deixaram confundir nem intimidar com o clima de caos político e econômico que se tenta instalar no país”.

Além de São Paulo, os dirigentes da CUT estão programando manifestações das categorias com data-base no segundo semestre em outras cidades do país.

Nesses atos, os trabalhadores vão deixar claro que não vão pagar a conta da crise econômica; não vão permitir ataques aos direitos dos trabalhadores, entre eles, a terceirização em todas as atividades das empresas, como prevê o projeto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados e está tramitando no Senado, PSC 30; não vão aceitar sem resistência e luta as tentativas de ataque à democracia que vêm sendo feitas pelos conservadores; não vão aceitar nenhum tipo de ataque que represente retrocesso e que fira o Estado democrático de direito.

Durante o ato de terça-feira, os dirigentes da CUT-SP, eleitos no mês passado para o mandato 2015-2019, vão tomar posse em plena avenida Paulista. Segundo o presidente eleito, Douglas Izzo, a posse na rua é simbólica porque mostra à população que a CUT é das ruas, sempre esteve e sempre continuará nas ruas.

Segundo o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, “em primeiro lugar, nosso objetivo é mostrar de uma forma geral para os setores conservadores, que tentam impor uma pauta de retirada de direitos, e para os setores golpistas, que não aceitam o resultado das urnas, que nós estamos nas ruas para defender os direitos dos trabalhadores e a democracia. Sem democracia não há sequer possibilidade de os trabalhadores se organizarem e reivindicarem seus direitos”.

O secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, destaca que outro objetivo é fortalecer a defesa dos empregos. E, neste ponto, segundo ele, a Petrobras tem um significado especial. “Nós temos sofrido um ataque muito grande, por várias questões, e uma delas é esse cerco à Petrobras. É importante ficar claro que existem 70 mil empresas que compõem a rede de fornecedores do setor petroleiro, e que têm sido prejudicadas pelo modo como as investigações estão sendo conduzidas”, diz.

Cayres lembra que as pessoas envolvidas em atos de corrupção devem ser investigadas e punidas, mas as empresas devem continuar em plena operação. Do contrário, isso ajuda a desacelerar a economia.

Data-base no segundo semestre
Somente entre as principais categorias filiadas à CUT, mais de 1,8 milhão de trabalhadores no país têm data-base no segundo semestre. Entre eles, metalúrgicos (602 mil), bancários (410 mil), químicos (327.823, incluindo no cálculo os 81.213 petroleiros da FUP), enfermeiros (120 mil), aeronautas (55 mil), aeroviários (18 mil), comerciários (194.437), serviços (37.545), médicos e psicólogos (só de SP são 50 mil).

Também participarão do ato na Paulista outras categorias que, apesar de ter data-base no primeiro semestre, ainda não concluíram as negociações com os patrões, como é o caso do setor público. Na capital paulista, os servidores municipais e de autarquias ainda lutam pelo atendimento da pauta de reivindicações de 2014.

Defesa da Petrobras
É importante ressaltar que cada categoria tem sua própria pauta de reivindicação. O que as unifica é a defesa da democracia e a busca por saídas econômicas que não prejudiquem ainda mais os trabalhadores e que revertam as perspectivas de fechamento de vagas de trabalho.

Um dos principais objetivos da Campanha Salarial Unificada é fortalecer a defesa dos empregos. E, portanto, defender a Petrobras, que vem sofrendo seguidos ataques dos setores conservadores. A rede de fornecedores do setor petroleiro é formada por cerca de 70 mil empresas, que têm sido prejudicadas pelo modo como as investigações da Operação Lava Jato vem sendo conduzidas e o resultado são centenas de trabalhadores desempregados. Até agora mais de 40 mil trabalhadores foram demitidos, entre eles 11,5 mil só das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

A CUT defende uma investigação profunda, transparente e democrática, sem prejuízo ao processo de desenvolvimento econômico e social iniciado em 2003 pelos governos do PT, longe dos holofotes da mídia que transforma tudo em espetáculo, desde que as suspeitas atinjam os ‘inimigos’ de sempre: o PT e os movimentos social e sindical.

Fonte: Brasil de Fato

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