“Caso Jhey” resulta em prisão de dois suspeitos e achado de corpo em ambiente de execução de magia negra

Com uma investigação iniciada desde domingo, 20, quando foi protocolada por familiares o desaparecimento do jovem Jheyderson de Oliveira, 25 anos, “Jay”, na Delegacia Regional de Polícia Civil, o departamento passou desde então a procurar e obter indícios que levasse ao paradeiro do militante de movimentos populares e aluno do curso de serviço social.

Imagens de câmaras de segurança do entorno das Avenidas Fransquinha Dantas e Guilherme de Oliveira mostravam Jay na companhia de Gleudson Dantas Barros, 29 anos, que chegou a dizer num primeiro depoimento que não via seu colega desde novembro do ano passado, mas depois de confrontado pelas imagens e de conversas em aplicativo de troca de mensagens, Gleudson acabou confessando sua versão da história que acabou culminando no achado do corpo do desaparecido.

No Sítio Canto, Distrito de Suassurana, em Iguatu, o corpo foi localizado enterrado em uma cova com mais de 1 metro de profundidade num quintal de uma residência da zona rural que era coberta por uma grande vegetação que impedia da pista de rolamento visualizá-la.

Em meio as buscas na residência a Polícia Civil encontrou vários livros de magia negra e ocultismo, crânios supostamente humano envolta de correntes, acervos pornográficos, esculturas de entidades, objetos relacionados a rituais satânicos, revólver calibre 38 municiado com duas cápsulas deflagradas e cinco intactas, e o aparelho celular da vítima.

Foto: Jan Messias

Na residência foi preso o proprietário, Roberto Alves da Silva, 41 anos. No local de condições insalubres um senhora cega, surda e esquizofrênica, da qual o dono da casa disse ser sua mãe foi encontrada despida em uma rede.

Conforme a polícia, tanto Roberto como Gleudson se intitulavam “Pais de Santos” e realizavam trabalhos espirituais e ritualísticas.

A motivação do crime ainda segue como incerta diante dos testemunhos dos dois suspeitos. Roberto, em depoimento, afirmou não ter visto a morte de Jay, apesar de afirmar que arma utilizada era de sua propriedade e a matinha escondida sem o conhecimento de ninguém. Já Gleudson afirma que Roberto estava no momento em que seu amigo foi assassinado.

Polícia Civil encontrou vários livros de magia negra e ocultismo, crânios supostamente humano envolta de correntes, acervos pornográficos, esculturas de entidades, objetos relacionados a rituais satânicos, revólver calibre 38 municiado com duas cápsulas deflagradas e cinco intactas, e o aparelho celular da vítima Foto: Jan Messias

A cova que a polícia e perícia acreditam ter sida escavada de maneira premeditada devido a profundidade. Roberto disse nos autos que servira para o despachos de animais e utensílios das atividades religiosas.

Mantida sob sigilo até o momento para não atrapalhar as investigações, Gleudson confessou à polícia quem teria praticado a execução efetuando segundo ele dois disparos sendo que somente um deles acertou a cabeça da vítima.

O fato aconteceu, conforme Gleudson, após um grupo ter marcado presença no local do crime para praticar trabalhos de magia e misticismo, atrelado com bebedeira e lazer. O que teria motivado a morte de Jay, ainda segundo Gleudson, seria a negativa dele ir comprar bebidas, drogas e de participar de uma cota para financiar o consumo.

A investigação acredita que seis pessoas estiveram na cena do crime e que três citados, serão chamados para serem ouvidas e não descarta a possibilidade da motivação do crime está relacionada a rituais de magia negra.

O corpo de Jhey Oliveira foi desenterrado com o apoio do Corpo de Bombeiros e foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), a fim de ser realizada a necropsia.

Os dois detidos serão encaminhados para a Cadeia Pública de Iguatu onde aguardarão a conclusão do inquérito que se encaminha no primeiro momento para os crimes de posse de arma, homicídio qualificado ocultação de cadáver.

Foto: Jan Messias

Repercussão com entrevista com os acusados no Mais Notícias às 11h30