Saúde
Campus do IFCE de Iguatu inova com equoterapia para a Apae
[caption id="attachment_7601" align="alignleft" width="600"]O projeto possui uma equipe multifuncional. A maioria dos atendidos é criança e adolescente, com paralisia cerebral, síndrome de down, autismo e deficiência de cognição FOTO: HONÓRIO BARBOSA[/caption]Há um ano que o projeto inovador está em curso na cidade de Iguatu, atendendo dez alunos da Apae da cidade


O projeto possui uma equipe multifuncional. A maioria dos atendidos é criança e adolescente, com paralisia cerebral, síndrome de down, autismo e deficiência de cognição FOTO: HONÓRIO BARBOSA
O campus local do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Ifce) é o único do Nordeste a oferecer programa de equoterapia para pessoas portadoras de deficiência mental.
Há um ano que o projeto inovador está em curso, atendendo dez alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) desta cidade, situada na região Centro-Sul do Estado.
O Centro de Equoterapia do Ifce dispõe de uma estrutura moderna, dentro dos padrões exigidos pela Associação Nacional de Equoterapia (Ande).
Estrutura
No espaço há um picadeiro com 800 metros quadrados, uma casa bem instalada para avaliação, consulta e apoio aos profissionais, familiares e praticantes (pessoas portadoras de deficiência mental). Para a construção desta unidade, foram empregados recursos próprios.
A equipe multiprofissional da iniciativa também atende os padrões de exigência nacional. É formada por uma psicóloga, uma fisioterapeuta, duas pedagogas, uma assistente social, uma veterinária, um equitador e um aluno bolsista que realiza o trabalho de lateral guia.
O projeto de extensão do Ifce é realizado em parceria com a Prefeitura de Iguatu e a unidade local da Apae. O clima entre os profissionais, familiares e praticantes é de harmonia. Sobra empenho, dedicação e amor.
As aulas são realizadas às terças-feiras e quintas-feiras pela manhã. A maioria dos atendidos é criança e adolescente, que apresentam paralisia cerebral, síndrome de down, autismo, deficiência de cognição.
A lista de espera é longa, pois os pais já sabem que a equoterapia dá bons resultados, melhora a postura, a comunicação, o comportamento e a aprendizagem.
“Minha filha caía demais e agora tem bom equilíbrio e se comunica melhor com gestos. Os avanços foram rápidos e estou satisfeita”, conta a dona de casa, Rejane Cândido. A filha Rebeca, de quatro anos, é portadora de síndrome de down, e há seis meses faz atividades de equoterapia.
Os relatos dos pais e dos profissionais que atendem no programa são impressionantes. “Meu filho interage com o cavalo, tornou-se amigo do animal e está mais calmo. É uma terapia que tem boa eficácia”, diz a dona de casa, Maria de Fátima da Silva.
Funcionamento
A direção do campus de Iguatu do Ifce comemorou um ano de fundação do Centro de Equoterapia com café da manhã. A solenidade reuniu representes das instituições parceiras, como a Apae e a Prefeitura Municipal de Iguatu, além dos pais dos alunos, profissionais e servidores.
O ato festivo foi realizado na sede da própria unidade. Houve uma bênção solene do Centro de Equoterapia e uma prática demonstrativa de uma sessão para que os presentes conhecessem melhor o método terapêutico.
“Está comprovado que traz melhora no equilíbrio, na coordenação motora e estimula a comunicação. A evolução é notável e todos estão satisfeitos”, avalia a psicóloga, Maiza Barros.
De acordo com a diretora da Apae do município de Iguatu, professora Ieda Couras, a implantação desse Centro de Equoterapia do Ifce foi a realização de um sonho para todos.
“Nós lutamos muito para termos um equipamento como esse, o campus Iguatu abraçou essa ideia e hoje realiza um belo e importante projeto, oferecendo esse tipo de tratamento de forma gratuita”, explica.
Para o professor Dijauma Honório, os projetos de extensão do Ifce têm esse diferencial da inclusão. “Nós vamos continuar apoiando o desenvolvimento da extensão, sobretudo do Centro de Equoterapia, porque eles fazem a diferença na vida das pessoas. O nosso esforço é para ampliar o atendimento à comunidade”, afirma.
O prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara, destacou a importância do Centro de Equoterapia na cidade e afirma que a parceria entre a Prefeitura, o Ifce e a Apae vai continuar.
“Vamos fortalecer ainda mais essa parceria para ampliarmos a capacidade de funcionamento do Centro”, frisa.
Resultados
O tratamento com a equoterapia não substitui a terapia tradicional desenvolvida por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e pedagogos.
“É um complemento. Não é recomendável para os portadores de escoliose, osteoporose, membros amputados, obesidade e convulsão descontrolada”, explica a fisioterapeuta, Súria Monteiro.
A evolução vem rápida. Depois de dez sessões de 30 minutos, uma vez por semana, uma aluna praticante que não conseguia permanecer sentada na cadeira, mostrou avanço e equilíbrio. “Nós começamos com adaptação em um cavalo mecânico, que idealizamos, e depois fomos para o picadeiro”, explica Monteiro sobre o resultado.
A equoterapia proporciona variados exercícios com argolas, bolas e uso de objetos com cores diversas. De forma lúdica, enquanto o praticante dá volta sobre o cavalo, os mediadores exercitam as práticas múltiplas a partir do diálogo com o aluno, que é incentivado a repetir palavras, fazer as ações sugeridas pelos professores e estimular a fala.
O equitador César Carlos de Oliveira cuida dos dois cavalos do espaço que precisam ser dóceis, pacientes e sadios. Trabalha como lateral guia para dar segurança ao praticante e aos profissionais mediadores. “Se o animal não estiver tranquilo, não se pode colocá-lo no picadeiro”, observa Oliveira.
Vantagens
“Está comprovado que a equoterapia traz melhora no equilíbrio, na coordenação motora e estimula a comunicação”
Mayza Barros
Psicóloga
“Minha filha caia demais e agora tem bom equilíbrio e se comunica melhor com gestos. Os avanços foram rápidos”
Rejane Cândido
Mãe
FIQUE POR DENTRO
Tratamento terapêutico é interdisciplinar
A equoterapia é um método terapêutico com cavalo em uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais. O cavalo é utilizado como agente promotor de ganhos, em nível físico e psíquico. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. A interação com o animal, desenvolve, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.
Mais informações
IFCE de Iguatu
Endereço: Rodovia 060, Km 05
Telefone: (88) 3582. 1000
Apae de Iguatu
Telefone: (88) 3581. 1737
Fonte: Diario do Nordeste
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