Ceará

Caminho espiritual é a saída para purificar pensamentos

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O caminho espiritual é o verdadeiro remédio, a chance de curarmos e purificarmos nossos pensamentos e emoções negativas, chegando a um estado natural de calma e tranquilidade. Esses são alguns dos preceitos da meditação em mantra, prática abordada pelo Monge Nepalês Lama Dorje, que esteve em Fortaleza na noite desse sábado (12) para repassar o ensinamento.

No evento, que aconteceu na Clínica Ventura, o monge repassou os cinco passos para a realização do método, desde o conceito, a finalidade, os benefícios da repetição, a forma de entoar o mantra e como utilizar no dia a dia. “É uma forma de acalmar nossa mente, porque todos os problemas que a gente passa na vida são resultados de uma mente não treinada. Repetir mantra nos permite estar mais em paz, alcançar essa paz interna”.

O mundo moderno e tecnológico, segundo ressalta o monge, é responsável por deixar a nossa mente cada vez mais acelerada, destacando a importância de se praticar um caminho espiritual, trabalhando o amor, a compaixão e a tranquilidade interna. Essa prática, acrescenta, não precisa necessariamente ser realizada num local específico, como um templo ou uma igreja, podendo ser praticada até mesmo em casa ou no trabalho.

Doenças 

“Toda a agitação vai dar mau resultado na saúde, muitas pessoas fisicamente doentes, e muitas dessas doenças não têm remédio porque a causa vem das emoções negativas como medo, tristeza, raiva, ódio. É essa a causa das doenças. Dessa forma, em primeiro lugar, é importante aprender como se curar. Por isso, o budismo fala que o caminho espiritual é o verdadeiro remédio, que a meditação é um remédio”, explica Lama Dorje.

Em 25 anos de estudos nos monastérios tibetanos, Lama Dorje, que entrou para um mosteiro aos cinco anos de idade, recebeu ensinamentos de filosofia, rituais budistas, mandalas, astrologia e medicina tibetana. Depois de passar quatro anos em um retiro espiritual, recebeu o título de Lama, podendo, então, compartilhar ensinamentos e experiências com as pessoas. “Essa experiência foi maravilhosa para a mim, mudou totalmente a minha vida, saí outra pessoa. Por isso, Buda sempre fala: o que ganhamos quando meditamos? Não ganhamos nada, só perdemos ansiedade, medo, tristeza, estresse”, comenta.

Depois da reclusão, Lama Dorje se mudou para o Chile, onde vive até hoje, e há mais de sete anos trabalha junto à Organização Condor Blanco, na escola de Bodhisattva, expandindo o Dharma e ensinando sobre o caminho Mahayana. “Dharma significa ensinamento, que nasce de um ser que alcançou um alto nível de realização, que deixou uma mensagem preciosa. É um método que pode transformar o sofrimento em felicidade”, diz.


Fonte: Diário do Nordeste

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