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Cadastros para vacina crescem em 74 cidades após anúncio de passaporte; confira lista

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A obrigatoriedade da cobrança do documento foi anunciada desde a semana passada, o que pode ter influenciado o aumento da procura.

O Ceará teve um aumento geral de 11% nos cadastros realizados para receber a vacina contra a Covid-19 após o anúncio, do Governo do Estado, da exigência de passaporte vacinal para entrar em bares, restaurantes e eventos. O crescimento ocorreu em 74 das 184 cidades cearenses, de acordo com a plataforma IntegraSUS.

O anúncio ocorreu no dia 12 de novembro. De lá até o último domingo (21), foram feitos 37.934 cadastros. Nos 10 dias imediatamente anteriores, de 2 a 11 de novembro, foram 34.070 inscrições.

Conforme os dados, o aumento se dá principalmente pela demanda da população geral, ou seja, que não se enquadra em nenhum grupo prioritário (como gestantes, idosos e pessoas com comorbidades).

No caso de Fortaleza, o aumento foi de 86%: os cadastros cresceram de 5,3 mil para 9,9 mil, entre os dois períodos analisados, totalizando mais 4,6 mil. Foi o principal incremento em números absolutos de todo o Estado, seguidos pelos de Maracanaú (824), Caucaia (653), Granja (425) e Amontada (421).

Temos alcançado resultado muito importante: temos percebido a busca das pessoas pela vacinação e tem aumentado a frequência de primeiras doses, que é o melhor resultado que poderíamos esperar, para você ver como é importante um passaporte sanitário desse tipo.
RICRISTHI GONÇALVES
Secretária-executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa)

A cobrança do passaporte começou a valer nesta segunda-feira (22), após período educativo de uma semana. Estabelecimentos que não realizaram as adequações poderão ser autuados em fiscalizações e responder a um processo administrativo, que poderá resultar em advertência, interdição ou multa.

A presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE), Sayonara Cidade, destaca que cidades com percentual de vacinação mais alto têm apresentado, consequentemente, menos casos de contaminação e óbitos.

Ela lembra que a doença deve se tornar endêmica, ou seja, circular junto a outros vírus respiratórios no Estado, por isso é importante garantir maior resistência mesmo que haja infecção, impedindo casos mais graves.

“Observamos que uma grande parte das pessoas que estão sendo contaminadas e desenvolvendo formas graves da Covid foram aquelas que não tomaram a vacina ou não completaram as duas doses”, alerta Sayonara, apelando que os cearenses busquem a vacinação.

Em Fortaleza, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) definiu unidades específicas para quem precisa tomar a D1, mas o interessado precisa estar cadastrado há mais de 24h no Saúde Digital.

  • No caso das pessoas que não possuem acesso à internet ou que tenham alguma dificuldade para realizar seu cadastro, a Prefeitura de Fortaleza continua realizando mutirão de cadastramento nos seguintes locais: 
  • 27 Centros de Referência da Assistência Social (CRAS);
  • Cuca José Walter e Cuca Jangurussu;
  • Centro Cultural Canindezinho.

A Pasta também desenvolve a busca ativa, diretamente nos territórios, de quem ainda não tomou nenhuma dose.

Já a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) reforça que, embora o momento seja de maior controle dos índices epidemiológicos e assistenciais da pandemia de Covid-19, é importante cada cearense completar o esquema vacinal, além de buscar a terceira dose ou dose de reforço, “para garantir máxima proteção contra a doença”.

Samuel Pereira, microbiologista e professor universitário, lembra que o Sars-Cov-2 tem competência de transmissão maior porque é recente e ainda está se adaptando ao meio a partir das variantes. Assim, medidas preventivas contra o coronavírus também ajudam a prevenir outras infecções, que ganharam mais relevância em atendimentos em Fortaleza.

E AS FESTAS DE FIM DE ANO?
No fim de semana, o governador do Ceará, Camilo Santana, manifestou que, “neste momento”, é contra a realização de grandes comemorações de Carnaval e Réveillon, já que eventos festivos com grandes aglomerações e bebida “necessitariam de absoluto controle, com todas as pessoas comprovadamente vacinadas”.

Ele disse ainda que o tema será discutido pelo Comitê da Pandemia, “que analisará os dados epidemiológicos e os números da vacinação, além das propostas apresentadas para a realização de festas”.

O epidemiologista Luciano Pamplona, professor do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará (UFC), concorda que “fica mais difícil usar máscara em ambiente de festa porque as pessoas vão comer e beber”.

Fonte: Diário do Nordeste

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